Paulo Ricardo concedeu uma entrevista ao podcast Vênus e contou como foi trabalhar com Renato Russo e como era Cazuza. O cantor relembrou quando conheceu Renato que elogiou a música A Cruz e a Espada. “Essa foi uma das primeiras músicas que eu fiz e tá no primeiro disco com umas quatro versões já. A música sempre foi muito bem no rádio mesmo sem ter um clipe. Logo no lançamento, tinha uma revista de música bastante dedicada ao rock e se chamava Bizz, da Editora Abril”, começou.
“Eles fizeram uma matéria onde eu e o Renato [Russo] iríamos nos entrevistar. A matéria foi ótima, nós ficamos super amigos e no final, em off, ele me perguntou como eu fiz a música. Dez anos depois, eu ia gravar, estava de volta ao Rio de Janeiro e em 1996 a Som Livre me chamou para fazer um CD sobre o Rock Popular Brasileiro onde eu faria a minha leitura sobre as minhas músicas favoritas de Rita Lee, Raul Seixas, Lulu Santos, Roberto Carlos, Tropicália e tem muita coisa ali”, contou Paulo Ricardo.
O artista revelou a diferença da personalidade de Renato Russo e Cazuza que, de brincadeira, foi chamado de ‘demônio da tasmânia’. “Eu me lembrei que o Renato gostava da música e liguei pra ele. Ele já estava doente, mas não era tão falado. Ele e o Cazuza tinham uma dupla personalidade, os dois eram muito cultos e doces. O Renato parecia mais velho, mas o Cazuza não. Parecia aquele diabinho dos quadrinhos, sabe? Cazuza era um demônio da tasmânia, não parava quieto, irônico e debochado. O Renato era mais sarcástico. Tudo com o Renato aconteceu em fevereiro de 96 e ele nos deixou em outubro”, afirmou.