Luiz Felipe D’Ávila, comentarista da Jovem Pan News, defende a união do que chama de “direita sensata” para enfrentar a esquerda na próxima eleição presidencial. O cientista político, que foi candidato à presidência da República pelo partido Novo em 2022 e que hoje integra a bancada do programa Três em Um, ataca o bolsonarismo e o que classifica como “direita chucra” e defende a formação de uma “direita sensata”, capaz de enfrentar Lula em 2026.
A crítica estará no novo livro de D’Ávila, “Vire à direita, Siga em frente – Manifesto da direita sensata para derrotar a esquerda”, que será lançado nesta quarta-feira (22) em São Paulo. “Nós precisamos disso para o Brasil. Se a direita estiver dividida na eleição, nós vamos manter o PT no poder – e é isso que a direita não quer. Nem a direita bolsonarista nem a direita que eu chamo de ‘direita sensata’, a direita liberal”, disse o comentarista em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.
“Se o governo petista continuar a partir de 2027, vai ser um desastre”, complementou. D’Ávila critica a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. “A direita chucra teve uma interferência no governo que me preocupou. A PEC-Kamikaze foi um momento absurdo. O calote dos precatórios, também. Depois, houve os furos no teto de gastos com o orçamento secreto”, lamentou o contratado da Jovem Pan.
Comentarista da Jovem Pan fracassou nas eleições
Luiz Felipe D’Ávila, de 60 anos, é genro do empresário Abílio Diniz, morto em fevereiro. Fundou em 2008 o Centro de Liderança Pública, uma organização voltada à formação de políticos, e foi filiado ao PSDB antes de migrar para o Novo, em 2021.
Na eleição presidencial de 2022, o então candidato adotou um tom crítico à polarização e se apresentou como alternativa ao suposto radicalismo de Lula e Jair Bolsonaro. O discurso não seduziu o eleitorado e D’Ávila terminou a disputa na 6ª colocação, com apenas 0,47% dos votos válidos.
Em 2023, foi contratado pela Jovem Pan para ser comentarista e passou a fazer parte do vespertino Três em Um, ao lado de Fábio Piperno, Alan Ghani e Gustavo Segré, com a apresentação de Evandro Cini.