Autor de grandes novelas da televisão brasileira, Aguinaldo Silva completou 81 anos na última sexta-feira (7). O novelista aproveita o novo momento para lançar a biografia Meu Passado me Perdoa, que será lançada pela editora Todavia em 10 de julho. Na obra, o veterano fala sobre sua conturbada saída da TV Globo, depois de 41 anos de serviços prestados.
No livro, o autor conta que um “funcionário qualquer” da emissora o ligou às 8h da manhã em 1º de janeiro de 2020 para dizer que o contrato, que acabaria no dia 29 de fevereiro, não seria renovado. O escritor, que estava dormindo em um hotel de luxo em Lisboa, Portugal, depois do Réveillon, pediu que ligassem no dia seguinte, às 11h.
+ Tiago Leifert afirma que não tem saudade da TV: “Bom não ter chefe”
+ Turbinado por novela mexicana, Tá na Hora cresce 15% e supera Datena e Jornal da Band
Aguinaldo Silva entende que a ligação depois da virada do ano serviu como uma tentativa de humilhá-lo ou de tentar “arrancar uma reação de choque ou escândalo”. A Globo ligou no dia seguinte no horário combinado e enviou um documento à sua casa a fim de que ele assinasse o fim do contrato.
O autor usou a ironia no livro para contar como reagiu ao descobrir que a Globo teria que exibir duas de suas novelas, Fina Estampa (2011) e Império (2014), para preencher o horário nobre durante a fase crítica da pandemia. “Ao saber dessa notícia, mesmo de máscara e com o vidrinho de álcool em gel a postos, confesso que saí pelos corredores da minha casa a dançar o mambo”, contou.
“Três meses tinham se passado desde que o tal sujeito me ligara às oito horas de um dia 1º de janeiro para dizer que a emissora não estava mais interessada no meu trabalho, ou seja, me mandando à merda. E lá estava eu de novo no horário nobre!”, continuou Aguinaldo Silva, avaliando o episódio como “justiça divina”.