Inicialmente disposta a investir em novelas nacionais, a Max pode estacionar em Beleza Fatal e o remake de Dona Beja, que só estrearão em 2025. Depois de enfrentar problemas nos bastidores, realizar cortes de gastos e demitir profissionais, a plataforma deve dar uma pausa na criação de outras tramas em seu catálogo.
De acordo com a coluna de Flávio Ricco, do portal R7, a empresa está enfrentando crises desde que decidiu criar novelas. O clima ficou ainda mais tenso nos bastidores desde a demissão de Mônica Albuquerque, head de Talentos Artísticos e Desenvolvimento de Conteúdos Scripted da Warner Bros. Discovery. A profissional foi responsável por implantar Beleza Fatal e Dona Beja na lista de produções da plataforma.
+ Alice Wegmann se rebela contra influenciadores no audiovisual: “Carreira se constrói”
+ Público abandona SBT e canal fica mais de sete horas consecutivas abaixo de 2 pontos
Ex-funcionária da Globo, Mônica foi desligada em meio a um corte de gastos da Max, o que acabou levantando mais dúvidas sobre o desenvolvimento de novas produções da teledramaturgia. Os pontos que mais incomodam os executivos é o tamanho dessas obras, que têm 40 capítulos cada. Será necessário verificar seus desempenhos para dar andamento a outros projetos.
Por enquanto, a principal ideia é realizar um remake de Pai Herói (1979), escrita por Janete Clair (1925-1983) na TV Globo. De acordo com a coluna Play, do jornal O Globo, a trama já está em desenvolvimento pela roteirista Renata Dias Gomes, que é neta da autora original e dona dos direitos da obra. Além dela, os autores Daniel Berlinsky e Antônio Barreira, responsáveis pelo remake de Dona Beja, idealizam um outro projeto sigiloso.
Outro problema que pode impedir novas novelas na Max tem a ver com a produção de Dona Beja, que enfrentou vários desafios. Bianca Bin chegou a se afastar das gravações depois de tecer críticas às condições de trabalho. O elenco também reclamou da desorganização nos bastidores. Houve atrasos em gravações e o diretor Hugo de Sousa chegou a ser demitido na pós-produção. A produtora Floresta teve que contratar a ex-Globo Flávia Lacerda para finalizar as edições da trama.