A Simba Content chegou a um acordo com a Claro pela manutenção dos sinais de Record, SBT e RedeTV! na maior operadora de televisão por assinatura do país. A empresa renovou o contrato de transmissão das emissoras durante mais três anos, mediante um aumento menor do que o inicialmente pretendido pelo trio. Além disso, as duas partes também chegaram a um denominador comum para que os três canais passem a estar no line-up do streaming Claro Box, que é a mais recente aposta da América Móvil para ter mais assinantes no Brasil.
“A permanência da Simba Content na TV paga e o avanço no streaming mostra que a joint venture segue forte, comprovando através de fatos e audiência a relevância dos canais do grupo, estando presente em todos os lares brasileiros, independente da tecnologia utilizada”, pontuou a empresa que representa as emissoras abertas. Ela, porém, teve que ceder e renovou o contrato pelo mesmo valor do acordo inicial. Em agosto, o TV Pop revelou em primeira mão o imbróglio envolvendo as negociações para a manutenção do trio no line-up da líder de mercado.
A Claro, no acordo firmado em setembro de 2017, aceitou pagar para a empresa R$ 0,57 por cada emissora. Em junho, a operadora tinha uma base de 6.600.000 clientes — com isso, o gasto anual da companhia com a Simba ultrapassa a casa dos R$ 135 milhões. Na nova proposta, a joint-venture dos canais queria que o valor tivesse um reajuste imediato para R$ 0,6156, o que já provocaria um incremento superior a R$ 11 milhões por ano, além de outros reajustes anuais em 2022 e 2023, dessa vez com base no índice IGCA vigente.
Apesar de não terem conseguido o reajuste, as três emissoras vão ter um incremento considerável de rendimentos diante do acordo para a inclusão dos sinais da Record, SBT e RedeTV! na plataforma Claro Box. A companhia irá desembolsar R$ 0,95 para cada assinante do streaming e, de acordo com uma estimativa feita pelo trio, o serviço já conta com 150 mil assinantes, e deverá alcançar meio milhão de clientes em dezembro. Com isso, a Simba faturaria mais de R$ 17 milhões apenas com a liberação da exibição dos canais na plataforma — cada emissora ganharia R$ 5,7 milhões, já que o valor é dividido de forma igualitária entre as três membras da sociedade.