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PHILIPPE KATERINE

Ator francês se desculpa com cristãos e nega ter debochado de Jesus na Olimpíada

Foto de apresentação artística de atores da comunidade LGBTQIA+ na Olimpíada de Paris
Ator francês esclareceu mal-entendido na Olimpíada de Paris (Foto: Reprodução/TV Globo)

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O cantor e ator francês Philippe Katerine pediu desculpas a cristãos que se ofenderam com sua apresentação na cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris. O artista explicou que retratou Dionísio, o deus grego do vinho e da festividade, e não fez uma paródia do quadro A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, conforme alguns religiosos acreditaram. A performance contou com a presença de artistas transgênero e drag queens.

“Peço perdão se ofendi alguém, e os cristãos do mundo me concederão isso, tenho certeza. Entenderão que foi principalmente um mal-entendido. Porque, no fim das contas, não se tratava de representar A Última Ceia de forma alguma”, disse Katerine em entrevista à CNN. O cantor se chocou com a repercussão negativa de alguns cristãos. “Vi algo muito colorido, reconciliatório e pacífico”, avaliou.

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Na segunda-feira (29), organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris emitiram um comunicado a grupos cristãos pela cena que foi exibida durante a festa. Atualmente, a França se depara com ideais da ultradireita de Marine Le Pen. “Claramente, nunca houve a intenção de demonstrar falta de respeito a qualquer grupo religioso. Ao contrário, creio que [com] Thomas Jolly, realmente tentamos celebrar a tolerância comunitária”, disse a porta-voz de Paris 2024, Anne Descamps.

“Ao observar o resultado das pesquisas, acreditamos que esse objetivo foi alcançado. Se as pessoas se sentiram ofendidas, claro, lamentamos muito, muito”, acrescentou ela. A DJ Barbara Butch, ícone LGBTQIA+, também participou da cerimônia e recebeu ameaças de morte pelo número apresentado na Olimpíada. Ela registrou um ocorrência na delegacia devido às reações extremas de cristãos.

Historiadores notaram que a performance tinha mais referências à pintura O Banquete dos Deuses, de Johann Rottenhammer e Jan Brueghel, e não à imagem cristã que retratou os momentos finais de Jesus Cristo.

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