Philippe Katerine, conhecido como “cantor azul” na abertura da Olimpíada de Paris, causou controvérsia ao aparecer pintado de azul e deitado em uma mesa. A direção artística informou que ele representava Dionísio, o deus grego do vinho e da festividade. Religiões ao redor do mundo criticaram a apresentação, comparando ao quadro A Última Ceia, de Leonardo da Vinci.
O cantor azul da Olimpíada lamentou pelas pessoas que se sentiram ofendidas e revelou quanto recebeu. “Lamento se foi chocante, (…) não foi a intenção”, disse para a CNN França. “Fui criado na religião cristã. E o que é belo na religião cristã é o perdão. Então peço desculpas se ofendi”, declarou. “Não sei quanto receberam os outros, espero que seja igual. Eu recebi €200 (cerca de R$1.252,60). Me pareceu muito, então aceitei”, disse Philippe Katerine ao portal Konbini.
“Botei no bolso. Esse é o infortúnio. Mas, você sabe, eu teria pagado €200 para participar. Ao mesmo tempo não me importo. A ideia não era ganhar dinheiro. A ideia era fazer algo muito emocionante, para transmitir uma mensagem de paz”, pontuou o cantor azul da Olimpíada.
A quantia gerou mais polêmica já que os organizadores da Olimpíada afirmaram que nenhum artista seria pago. “Sejam de renome nacional ou internacional, as estrelas que se apresentarem na cerimônia de abertura não receberão nenhum valor pela sua atuação”, garantiu o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris (Cojo) nas colunas do Check News, em 25 de julho. Procurado pela mídia francesa, o Cojo não se manifestou sobre o alegado pagamento.