A CNN Brasil contratou a jornalista Renata Varandas, responsável por vazar trechos de uma entrevista com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em julho. A profissional foi demitida da Record pela atitude e passou a trabalhar em projetos próprios. Em um comunicado à imprensa, a repórter afirmou que se afastará da empresa de comunicação e consultoria da qual era associada para se “dedicar com exclusividade” ao canal fechado. A comunicadora trabalhará na cobertura política em Brasília e deve começar já no início de setembro.
“A experiência e a densidade profissional da Renata serão extremamente enriquecedoras para a nossa cobertura de política. A profissional soma expertise em produção de TV e em várias mídias, o que casa com o projeto multiplataforma da CNN Brasil”, afirmou o diretor de jornalismo CNN Brasil em Brasília, Daniel Rittner, sobre a contratação.
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Renata Varandas foi demitida da Record depois de disponibilizar trechos da entrevista inédita com Lula antecipadamente para uma agência de comunicação em que é sócia. A entrevista aconteceu por volta de 9h30 no Palácio do Planalto e seria exibida com exclusividade pelo Jornal da Record, às 19h55, no mesmo dia. O portal R7 adiantou algumas das falas do chefe do Executivo às 13h48, mas uma hora antes informações do que o presidente havia falado a respeito da questão fiscal e da sucessão no Banco Central já figuravam no mercado financeiro.
As declarações de Lula foram distribuídas pela corretora BGC Liquidez DTVM Ltda, atribuída à Capital Advice, agência de análise política para investidores e gestores financeiros, que possui Varandas como sócia-administradora. O quadro societário é dividido por Mariana Londres, do portal UOL, e Flávia Torres de Mesquita.
O vazamento do conteúdo da Record passou a reverberar na mídia e o dólar começou a subir. A emissora afirmou que não sabia da ligação da funcionária com a agência e optou por sua demissão no dia 18 de julho, depois de uma avaliação interna.
