José Luiz Datena (PSDB), candidato à Prefeitura de São Paulo, criticou a necessidade de deixar o programa Brasil Urgente na Band enquanto seu concorrente, Pablo Marçal (PRTB), permanece ativo nas redes sociais. Durante uma agenda de campanha na Zona Sul da capital paulista, o apresentador destacou a desigualdade ao afirmar que não pode se comunicar com seus telespectadores na TV, enquanto Marçal continua acessível ao seu público na internet.
“Tenho que deixar meu trabalho, que é comunicação. Por que o Pablo Marçal, que também trabalha com comunicação na internet, e diz que virou o Donald Trump, ganhou bilhões com o trabalho dele, pode continuar?”, questionou José Luiz Datena. “O cara [Marçal] leva vantagem. Você deixa de fazer seu programa. E jamais usaria para fazer política na campanha”, relatou.
A lei eleitoral estabelece que candidatos não podem apresentar programas em televisão e rádio nos quatro meses que antecedem as eleições. José Luiz Datena deixou o ar em junho, visto que o pleito ocorrerá em outubro. O apresentador também criticou a atuação do concorrente nas redes sociais durante a campanha. A Justiça Eleitoral suspendeu os perfis de Marçal a pedido do PSB, de Tabata Amaral, por abuso de poder econômico ao financiar cortes de vídeos. Marçal, no entanto, abriu novas contas na internet.
“Se ele continua na internet, não deveria, no conteúdo dele, aproveitar esses cortes que ele faz, que são verdadeiros atentados à democracia. Ele não coloca proposta nenhuma, faz os cortes que quer, tira sarro de todo mundo, inclusive do eleitor. Isso deveria ser pensado e repensado”, declarou o apresentador da Band.