Milton Leite se despediu do SporTV e da Globo depois da Olimpíada de Paris. O comunicador encerrou a relação com a emissora depois de 19 anos de parceria. O comunicador relatou que a decisão aconteceu depois de muitas conversas com a mulher.
“Eu e minha mulher há um ano e meio, dois anos, começamos a discutir se não estava na hora de eu diminuir a carga de trabalho que vinha tendo por algumas razões, mas sobretudo pelos meus netos. Fizemos um primeiro movimento: resolvemos morar em Jundiaí, onde vivem minhas três filhas e netos. E agora diminuir a carga de trabalho. Porque o vínculo que eu tinha com a Globo não me permitia isso”, contou o apresentador.
O narrador destacou a narração da medalha de ouro de César Cielo na Olimpíada de Pequim como uma das mais emocionantes de sua carreira. “Talvez, a principal delas, seja da Olimpíada de Pequim, em 2008, quando narrei a medalha de ouro do César Cielo. Não só porque era um momento histórico, porque nunca, nenhum brasileiro havia ganhado medalha de ouro na natação, mas porque, modéstia à parte, aquela narração ficou espetacular. São 20 segundos de prova, mas ela ficou bem do começo ao fim”, disse em conversa com O Programa de Todos os Programas.
Milton Leite analisou a presença feminina nas narrações esportivas e afirmou que a inclusão veio para ficar. “É importante que todas as emissoras deem oportunidade a todas as mulheres. É muito delicado falar sobre isso, porque as pessoas tendem a achar que se está sendo machista, mas não é isso”, sinalizou. “Ainda falta, para elas, encontrarem um caminho, porque, por exemplo, tem narradora que engrossa a voz para parecer homem. E eu acho que tem uma explicação: o padrão que sempre se teve na transmissão é de homem. Acho que isso faz parte de um processo, e elas vão se adaptar”, pontuou.
