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ÚLTIMO CAPÍTULO

Rejeitada, Renascer termina sem ver 30 pontos e não bate recorde de audiência

Foto de cena do último capítulo da novela Renascer
José Inocêncio e José Pedro se abraçam no último capítulo de Renascer: audiência abaixo das expectativas (foto: Reprodução/TV Globo)

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Novela das 9 da TV Globo, Renascer chegou ao fim nesta sexta-feira (6) com índices insatisfatórios de audiência. O folhetim, que teve sua despedida deslocada para mais cedo para viabilizar uma transmissão de uma partida das Eliminatórias da Copa, se despediu sem conquistar um recorde de público. Pela coleta prévia de ibope da Grande São Paulo, obtida pela reportagem do TV Pop com fontes do mercado, a trama não foi além de 29,4 pontos de pico em seu adeus, exibido entre 20h48 e 21h49.

Com a preferência de 42,7% dos televisores ligados na principal metrópole do país, o desfecho de Renascer marcou 26,8 pontos de média — com isso, o recorde de público da história da novela foram os 28,3 pontos de quarta, dia 4, continuando uma tendência que já havia sido observada com Terra e Paixão, sua antecessora no principal horário da teledramatugia do país. A Record, que ficou na vice-liderança entre as TVs abertas na faixa, marcou 5,5 pontos com o Jornal da Record e Força de Mulher. O SBT, em terceiro, teve 3,6. As plataformas de streaming pontuaram 13,5.

Bruno Luperi, autor do remake, confessou que enfrentou dificuldades para costurar finais inéditos na trama escrita pelo avô, Benedito Ruy Barbosa, em 1993. Para o escritor, foi muito complicado dar uma nova roupagem e ir de encontro à premissa da versão original ao mesmo tempo. “É muito difícil trazer uma novela que se passa num cenário que sofreu tantas transformações ao longo desses 30 anos respeitando o que foi concebido lá atrás”, declarou ele.

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“Não foi só o final da novela que foi inédito, pois ela quase como um todo, tem um teor de ineditismo. Então, considero mais do que um remake, uma adaptação. Lógico que partindo do que foi Renascer, do que é a novela original, da proposta, da discussão temática, da natureza dos personagens, mas tentando sempre reinterpretá-los à luz do nosso tempo”, ressaltou. “Tentamos ter personagens reenvelopados para a atualidade. Algo muito diferente de Pantanal, por exemplo”, continuou.

Na entrevista à Globo, Bruno Luperi avaliou que entregou um alívio ao encerrar sua jornada em Renascer. “É um trabalho muito grande manter o espírito de uma novela em uma nova roupagem, agradando ao público fiel da primeira versão e sendo coerente com as discussões do nosso tempo, uma medida delicada”, prosseguiu. “E foi uma alegria muito grande conseguir costurar o final inteiro e chegar aonde a novela tinha de alcançar na história”, declarou, se referindo ao abraço entre José Inocêncio (Marcos Palmeira) e João Pedro (Juan Paiva) no último capítulo.

Apesar dos desafios, Bruno Luperi se mostrou satisfeito com o resultado do remake de Renascer que foi apresentado ao público. “Foi um processo inteiro permeado de muitas emoções. Mas, eu diria que o pacto do José Inocêncio aos pés do jequitibá foi um momento muito importante de se escrever”, refletiu. “Ali, eu realizei que de fato aquilo estava acontecendo na minha vida. Renascer é a primeira novela do meu avô que eu tenho memória muito viva de acontecer”, lembrou ele sobre a missão de João Pedro ao aliviar a dor do pai retirando o facão enterrado no pé do jequitibá.

O escritor chegou a se emocionar devido à dificuldade de escrever a última semana do folhetim. “Foi quando talvez a responsabilidade tenha pesado com mais força sobre os meus ombros”, constatou.  “Eu tinha o compromisso com a versão original, de chegar num final condizente e coerente com aquilo que foi proposto pela versão original com meu avô, trançando todas as tramas novas, costurando as adaptações que foram feitas ao longo do caminho para tudo convergir neste momento”, detalhou o escritor. Antes de Renascer, Bruno Luperi esteve a frente do

Bruno Luperi é autor de Renascer (Foto: Divulgação/TV Globo)
Bruno Luperi é autor de Renascer (foto: Divulgação/TV Globo)

Bruno Luperi exalta legado do criador de Renascer

Por fim, Bruno Luperi prestou uma homenagem ao avô:

Sinto que consegui prestar mais uma homenagem ao meu avô, esse gênio do gênero da teledramaturgia, que é Benedito Ruy Barbosa. Sinto que cumpri uma missão muito importante com esta adaptação e também saio muito satisfeito com a novela que nós criamos, com as adaptações que foram feitas, e com as homenagens que foram prestadas.

Então a versão que nos precede, e eu acho que nós todos fomos muito felizes nas decisões que tomamos. É uma novela muito bonita, rica em termos artísticos, em termos afetivos. Ao mesmo tempo em que ela encanta pelas inovações, pelas novas propostas, ela também homenageia e trata com muito respeito a versão que nos precede, a versão original, e o trabalho de todos que vieram antes de nós até chegarmos até aqui.

reportagem com a colaboração de Paulo Vito

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