Léo Áquilla (MDB), candidata a vereadora de São Paulo, sofreu uma tentativa de assassinato na madrugada desta sexta-feira (27). A jornalista, que é ativista da causa LGBTQIA+, foi abordada por um homem em uma moto que disparou cerca de quatro vezes em seu carro na Rodovia Dutra, na altura do bairro Parque Novo Mundo, já na capital paulista. Com lágrimas nos olhos e bem abalada, ela entregou em uma rápida entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo, que tem recebido muitas ameaças.
“Passou uma moto por mim, do lado direito, e bateu no meu retrovisor e parou no acostamento. Eu levei um susto! Parei imediatamente no acostamento, para prestar socorro até para o cara, para saber se estava tudo bem. Ele veio no acostamento na contramão em direção ao meu carro. Do nada, quando chegou perto do meu carro, ele começou a acelerar, mas assim, aquela aceleração ensurdecedora. Era um barulho muito alto. Junto, eu vi um movimento de sacar uma arma. Quando eu me abaixei, ele deu o primeiro tiro, que estourou o vidro do meu carro”, detalhou ela.
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Léo Áquilla contou que tem sido vítima de muita transfobia durante sua campanha nas eleições para vereadora da cidade. “Eu tenho recebido muitas ameaças, porque eu combato mesmo transfobia, eu combato mesmo LGBTfobia, eu defendo mesmo a comunidade. E aí, eu vivo recebendo ameaças. Já pedi para que as autoridades me dessem escolta, e ninguém acreditou em mim. Tão esperando o quê? Que realmente me matem, como quase aconteceu hoje?”, disparou ela.
O carro da vereadora foi periciado e, segundo a Polícia Rodoviária Federal, o criminoso ainda não foi localizado. O caso foi registrado no Distrito Policial do Jaçanã, na zona norte de São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) confirmou à Globo que investiga a tentativa de homicídio contra Léo Áquilla.