Cid Moreira (1927-2024) foi um dos principais nomes do jornalismo nacional e desempenhou a função de âncora do Jornal Nacional por 26 anos. Com mais de 50 anos de carreira, o comunicador foi amplamente reconhecido pela voz marcante.
Apesar de não comandar nenhum telejornal há muitos anos, o apresentador era uma figura muito importante para a televisão e foi mantido pela Globo em um contrato vitalício firmado em 2019. Mesmo com a prática da emissora carioca em dispensar jornalistas e atores veteranos, alguns contratos foram mantidos, como Carlos Vereza, Betty Faria, Rosamaria Murtinho, Mauro Mendonça e Ney Latorraca.
Em entrevista para a Folha de S. Paulo, Cid Moreira comentou a relação com a Globo e o combinado contratual entre as partes. “Fiz 55 anos de Globo e a relação é ótima. Dá para sobreviver, pagar nossas contas, me dá uma vida confortável. Vivo bem hoje”, disse em 2023. “Quando perguntam se vou me aposentar, respondo que vou trabalhar enquanto eu estiver respirando e tiver voz”, declarou.
A morte de Cid Moreira
Cid Moreira morreu aos 97 anos nesta quinta-feira (3), no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. O primeiro apresentador do Jornal Nacional estava internado há 29 dias. O hospital informou que a causa da morte foi “insuficiência renal crônica agudizada, distúrbio eletrolítico e falência múltipla de órgãos”.
O apresentador enfrentava dificuldade de funcionamento dos rins desde 2022 e recorria a sessões de diálise com frequência. Por esse motivo, Cid Moreira se mudou para as proximidades do hospital. O tratamento passou a ser realizado em casa com a ajuda da mulher e da equipe médica.