Isabel Teixeira tem se apaixonado cada vez mais pelo universo das novelas. Dona de uma carreira extensa no teatro, a atriz tem se dedicado intensamente ao trabalho nos folhetins desde que brilhou como a Maria Bruaca de Pantanal (2022). Atualmente, ela dá vida à Violeta Castilho em Volta por Cima, nova trama das 7 da TV Globo escrita por Claudia Souto. Em conversa com o TV Pop, a famosa defendeu sua personagem e garantiu que, apesar de viver no meio da contravenção, a mulher não comete exatamente maldades.
Questionada se Violeta é maldosa, a artista rebateu: “Quem te falou que a Violeta faz maldades?”. Em seguida, ela explicou qual é o contexto em que a personagem vive. “Você sabe que tem uma citação maravilhosa do Zeca Pagodinho que está no livro do [Luiz Antônio] Simas que eu estou lendo agora que se chama Maldito Invento dum Baronete sobre o jogo do bicho, e ele abre o livro com a citação que é assim: ‘Não, todo mundo deveria aprender a jogar no bicho, porque aquilo é uma matemática, deveriam ensinar na escola’. E o repórter fala: ‘Mas é ilegal, Zeca’. E ele fala: ‘É ilegal?’. Então quem falou que a Violeta vai fazer maldade? É ilegal para ela? Nos primeiros capítulos ela faz a defesa dela. É ilegal ser patrono de uma comunidade? É ilegal você ajudar e inaugurar uma quadra ali, uma coisa ali? Eu estou defendendo minha personagem. Será que é maldade?”, indagou.
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Isabel Teixeira, no entanto, deu sua visão pessoal sobre o que acha da personagem que interpreta em Volta por Cima. “Agora a Bel falando, é contravenção, é contra a lei. Quando a gente brinca com a vida de outra pessoa ou quando a gente fala de violência, é contra a lei. Mas para a personagem, principalmente por ser novela das 7, esse universo é muito rico, e principalmente porque o jogo do bicho é comandado pelos homens, e ela é uma mulher. Como é que faz a mulher nesse lugar? Se ela quiser comandar, como ela faz? É maldade?
O papel de Violeta surgiu na vida de Isabel Teixeira poucos meses depois do fim de seu trabalho como a terrível Helena de Elas por Elas (2023). A atriz explicou que não tem dificuldade de desapegar dos trejeitos e manias de suas personagens por já ter um histórico parecido nos palcos. “Isso é uma coisa que já vinha comigo do teatro, eu desapego mesmo. Quando acaba a peça, durante todos os anos de carreira, eu tiro a roupa e corto”, afirmou.
“Quando acabou Maria Bruaca, que para mim foi tão importante e é ainda, terminou eu não peguei nada personagem. Eu viro as costas e já fui para a próxima, e isso é a minha profissão. Fazer uma novela depois da outra é muito legal porque eu estou exercendo o que é a minha profissão, que é uma criação depois da outra. Eu sou uma, não posso me plastificar e me transformar em outra, mas esse me ‘moldar’ para aquele personagem exige que eu me despeça do outro rapidinho, entendeu?”, concluiu.
