Fernanda Montenegro foi escolhida pelo Grupo Globo para o documentário Tributo, onde a renomada atriz compartilha momentos marcantes de sua trajetória pessoal e profissional. Na produção do Globoplay, a artista aborda a questão da morte com serenidade.
“A consciência da morte é constante, diária, a cada segundo. Não é se conformar, é tentar aceitar, porque vai vir. O que vamos fazer? Ninguém é eterno”, afirmou a veterana de 95 anos. A atriz sinalizou que tem o desejo de viver até os 100 anos, um anseio que atribui à longevidade de sua família. “Eu sou de uma raça que dura muito. Meu pai, com noventa e tantos, dizia que queria chegar aos cem anos, porque a vida é tão boa”, relatou.
A artista declarou para a produção do Globoplay que tem os exemplos por perto. “Então eu tenho esses exemplos perto de mim, de velhos duros que aguentaram muita coisa na vida e querem chegar aos cem. Eu sou uma mulher e de ofício. Um dia a gente vai sair desse planeta. Ou [a gente] vai ficar enterrado, ou vai subir pelas alturas e buscar outra transcendência”, disse.
Fernanda Montenegro afirmou que sente saudade dos amigos que morreram como Nicette Bruno (1933-2020). “Tem uma hora que você vê que já viveu a vida. É interessante que, com o passar dos anos, você se lembra de um amigo que já se foi, e só ele se lembraria dessa memória que você tem. De repente, bate um buraco de saudade dos que já se foram”, relatou a veterana.