Presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Rio de Janeiro (SATED-RJ), Hugo Gross afirmou que tem reunido provas para denunciar a Globo ao Ministério do Trabalho. A acusação é de que a emissora tem privilegiado atores de esquerda e com mais seguidores nas redes sociais na hora de escalar profissionais para o elenco de suas novelas, séries e programas. O representante alega que a líder de audiência estaria promovendo um “movimento de perseguição” contra atores que se declararam de direita.
Em entrevista ao portal NaTelinha, Gross afirmou que existe uma espécie de exclusão contra artistas dentro do canal. “Infelizmente, hoje é notório isso (exclusão de artistas de direita) e a gente vai combater. Quando eu digo ‘a gente’, refiro-me ao SATED, que defende o artista. Porque, independentemente de você ser Flamengo ou Fluminense, o seu talento é o seu talento. Então, assim, eu discordo. E a gente repudia de todas as maneiras a atual gestão, que lá está, principalmente na arte da dramaturgia. Essa perseguição política, essa perseguição social”, declarou.
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O presidente do SATED ainda usou como exemplo um dos casos que mais chamaram atenção na mídia nos últimos anos. “É bem verdade que, independentemente, você tem o direito de votar em quem você quiser. Cássia Kis é uma excelente atriz. Se ela levantou a bandeira por A ou por B, ela não pode ser excluída. Isso chama se movimento de perseguição”, continuou. A atriz, vale ressaltar, declarou apoio ao candidato Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 e ainda participou de manifestações de direita, principalmente contra o aborto. Ela foi demitida em julho de 2023, depois de 34 anos de vínculo com a emissora.
Hugo Gross afirmou que a perseguição nos bastidores da Globo começou quando o atual diretor de dramaturgia da emissora, José Luiz Villamarim, assumiu o posto. Ele alega que existe um receito na hora de fazer denúncias pelo fato de uma agência de atores ser controlada por um diretor de elenco da própria emissora, com permissão de Villamarim.