A Band está apreensiva em relação ao seu contrato com a Liberty Media, dona da Fórmula 1. A emissora do Morumbi quer cumprir o vínculo com a empresa até o fim de 2025, mas problemas envolvendo falta de pagamentos e até mesmo um calote de uma casa de apostas pode complicar novos acordos publicitários da emissora com anunciantes. O interesse da Globo em voltar a exibir a modalidade em sua programação também tem deixado as marcas em modo de espera.
De acordo com o portal F5, da Folha de S.Paulo, o canal tem tentado vender as cotas de patrocínio das corridas para o ano que vem. Ao todo, são sete cotas disponíveis, sendo a mais importante a cota master, oferecida na tabela por R$ 47 milhões. As outras seis, que são secundárias, são negociadas por R$ 30 milhões, o que totalizaria uma arrecadação de R$ 227 milhões, sem os descontos.
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A Band até resolveu as pendências financeiras que tinha com a Liberty Media e não que abrir mão dos direitos de transmissão da Fórmula 1, mas o mercado publicitário ainda não demonstrou interesse em investir na modalidade. Alguns anunciantes temem que problemas façam a Globo adquirir a categoria para o próximo ano, o que acabaria atrapalhando as atuais negociações. A líder de audiência, no entanto, garantiu que fez uma brincadeira sobre seu interesse nas corridas durante evento direcionado ao mercado publicitário.
Por enquanto, não há problemas entre o canal de Johnny Saad e a dona da Fórmula 1. Neste fim de semana, executivos conversam durante o GP de São Paulo sobre o caso. Não há uma data limite para que as negociações com patrocinadores sejam encerrados. Tudo dependerá do interesse desses anunciantes para estarem nas transmissões em 2025.
Vale ressaltar que a Band e a Liberty Media começaram a ter problemas em 2023. As duas partes dividiam os valores pagos por patrocinadores até 2022, mas o modelo passou por alterações depois de uma proposta do SBT. A emissora do Morumbi passou a pagar diretamente à empresa pelas transmissões por um valor de R$ 84,3 milhões por temporada. O valor acabou se tornando um problema para o canal, que passou a atrasar os pagamentos. Uma bet também comprou uma cota de R$ 20 milhões e simplesmente parou de pagar o acordo, dando um prejuízo à emissora. O caso foi parar na Justiça.