PASSADO

Milhem Cortaz relembra período em que se afastou das drogas

Ator comentou sobre saída do Brasil e entrada no mundo das artes

Foto de Milhem Cortaz
Milhem Cortaz ressaltou importância da arte na vida (Foto: Divulgação/TV Globo)

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Milhem Cortaz relembrou um período da juventude quando trocou as drogas pela arte. O ator refletiu sobre o período e avaliou que fez o uso de substâncias para tentar entender de onde vinha toda a criatividade que o cercava antes de encontrar o teatro. “Acho que a droga foi um lugar em que eu tentei organizar essa criatividade toda que eu tinha e não funcionou”, declarou.

Em entrevista à revista Quem, o ator de Volta por Cima, da TV Globo, falou sobre a importância da arte em sua vida. “Tudo que eu experimentei um pouco na minha juventude vem de uma alta criatividade que eu tinha e não sabia onde pôr. Não culpo a educação dos meus pais, não culpo absolutamente nada. Não estou só falando de droga, estou falando de como aproveitei meus estudos ou não, de como eu aproveitei o esporte ou não, de todos os exemplos, de tudo que eu tinha. Se alguém é culpado, sou eu porque as escolhas foram minhas. A arte chegou na minha vida para organizar tudo isso, ‘cara pega toda essa criatividade, joga aqui dentro e enxerga; agora você que organizou a criatividade, devolve tudo para você. Agora você pode enlouquecer’”, declarou.

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Questionado sobre como estaria atualmente sem a arte, Milhem Cortaz afirmou que não nem consegue se ver nesse lugar. “Será que eu estaria? Não sei. Não me vejo. Não consigo. Eu venho de uma família de comerciantes; o comércio me salvaria? Não, eu acho que eu não seria ninguém sem a arte. Eu não teria esse olhar para o mundo, não teria essa generosidade comigo. Eu não teria a família que eu constituí. A arte me salvou em um todo”, avaliou.

O ator explicou como o trabalhou contribuiu para seu bem-estar. “Porque [arte] consegue trazer poesia para o meu olhar, me faz uma pessoa muito evoluída, me ensinou, exigiu ler. Virou um exercício de me olhar, de querer mudar, de não querer concordar com o machismo, de dançar, de me soltar, de ser criativo, de chorar, de abraçar um homem, de dizer ‘eu te amo’. Todos esses exercícios que trazem repertório e constroem a gente como ser humano, que tem ideias e que sabe viver em sociedade”, declarou.

Por fim, Milhem Cortaz avaliou como a satisfação profissional contribuiu para uma vida mais saudável. “Um artista que aproveita o caminho que escolheu sai uma pessoa melhor e vai viver muito mais feliz nesse mundo. Talvez coisas mais sutis, que não peguem as pessoas que não exercitam esse olhar, me incomodem mais aos outros. Mas as coisas que incomodam todo mundo, eu estou com um olhar já lá na frente. Juntando tudo isso com a maturidade, potencializa a forma como a gente enxerga o mundo depois dos 50, inclusive nos medos. A minha padaria vem aí com o medo”, concluiu.

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