Fernanda Torres celebrou uma indicação ao Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz em Filme de Drama, anunciada nesta segunda-feira (9). A atriz deu uma entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, e rasgou elogios à produção do filme Ainda Estou Aqui, que conta a história real de uma família que é duramente afetada depois que agentes da Ditadura Militar torturam e matam o político Rubens Paiva, marido de Eunice Paiva.
“Estou aqui em Londres, hoje tem uma sessão do filme e meio-dia veio a indicação com meu nomezinho no meio de tantas mulheres incríveis. Realmente, devo muito à Eunice Paiva e essa indicação representa um trabalho imenso. Acho também que é um resultado do que o filme é no Brasil, o impacto do filme do Brasil também cria uma ideia da sua importância no nosso país e no mundo, que impulsiona as indicações não só minha, mas do filme”, declarou a atriz, mencionando a indicação de Ainda Estou Aqui na categoria de Melhor Filme de Língua Estrangeira.
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Fernanda Torres pontuou que sua indicação acontece 25 anos depois que sua mãe, Fernanda Montenegro, foi indicada pelo mesmo trabalho com o filme Central do Brasil (1988), também dirigido por Walter Salles. “É resultado, eu acho, de um livro, é resultado dessa família incrível que são os Paiva, que sofreram uma brutalidade do Estado, o assassinato do Rubens, [é resultado da] forma que a Eunice é. Ela dizia uma coisa incrível: ‘Eu não sou vítima, vítima é o país’. E a maneira como ela lutou pelo reconhecimento do que fizeram com o Rubens Paiva, da maneira como essa mulher lutou pelo reconhecimento de reservas indígenas, depois da maneira como ela participação da Constituição de 1988… A Eunice e o Brasil são quase sinônimos”, avaliou.
“Esse filme ganhar essa repercussão por causa dessa mulher, que criou o Marcelo e toda a família, que são incríveis, mas o Marcelo que escreve esse livro e a literatura inspira o Walter a fazer um filme que ele conheceu, uma casa que inspirou ele. É tudo tão bonito, em um ano tão difícil com filmes incríveis. É uma safra de performances, de atriz e de filmes muito difícil, então a gente está ali no meio de gente tão incrível”, continuou.
Por fim, Fernanda Torres afirmou estar orgulhosa com a repercussão de Ainda Estou aqui. “Estou muito feliz que muita gente nova esteja pensando o que foi viver em uma ditadura. Estou muito feliz e muito orgulhosa da cultura e da arte do Brasil, concluiu.