Um intenso conflito familiar e empresarial está em curso em uma das mais tradicionais famílias libanesas estabelecidas no Brasil. De um lado, estão Abdul Fares, noivo da atriz Marina Ruy Barbosa, e o primo Nader Fares, que esteve com Jade Picon em março. Do outro, estão Jamel Fares, sogro de Marina, e Nasser Fares, tio dos jovens. A disputa envolve o controle de empresas avaliadas em R$ 6 bilhões, cenário que intensifica as tensões.
O desentendimento começou em 2014, quando Abdul e Nader criaram o Blue Group para gerenciar o e-commerce do grupo familiar. Em 2019, sob a liderança dos dois, adquiriram o Mappin, buscando expandir as vendas online. Contudo, o negócio não prosperou, acumulando prejuízos que foram cobertos pela Marabraz, gerando descontentamento em Nasser Fares. Essa situação gerou um aumento nas tensões familiares.
Os prejuízos e o estilo de vida dos sobrinhos, que ostentavam como bilionários, levaram Nasser a cortar os aportes financeiros para o Blue Group. O noivo de Marina Ruy Barbosa, insatisfeito, entrou com uma ação judicial para interditar Jamel, seu pai, buscando mais poder de decisão. Ele tenta assumir os 33% das ações de Jamel, conforme revelou uma fonte próxima à família. Essa disputa é emblemática das tensões entre as gerações.
Jamel, Nasser e Adiel Fares, pai de Nader, detêm cada um 33,33% das empresas familiares, estrutura consolidada em 2004, quando Fábio, o irmão mais velho, saiu do grupo depois de outra disputa familiar. Adiel se formou em Medicina e fundou a Clínica Fares, um empreendimento lucrativo com atendimento popular, gerando cerca de R$ 120 milhões anuais. Este sucesso contrasta com os problemas enfrentados pelo Blue Group. Em 2004, a família criou a LP Administradora de Bens para proteger as propriedades do grupo, agora gerida pela terceira geração.
Processo judicial
Após a divulgação do processo judicial entre pai e filho, o empresário Jamel Fares e o herdeiro Abdul Fares, noivo de Marina Ruy Barbosa, decidiram desistir das ações de interdição e falsidade ideológica que moviam um contra o outro. Diante da repercussão do caso, Abdul optou por retirar a ação de interdição paterna que tramitava na comarca de Simões Filho, na Bahia. Da mesma forma, Jamel revogou a queixa-crime.