Datena e a Band foram condenados na Justiça a pagarem uma indenização no valor de R$ 68,5 mil a um policial militar devido a declarações feitas pelo jornalista quando ainda era contratado da emissora. O atual funcionário do SBT chamou o militar Ronaldo Manoel do Nascimento de “desqualificado” enquanto apresentava o Brasil Urgente. O episódio ocorreu em 2015, há quase 10 anos, e todos os recursos foram esgotados.
De acordo com a coluna de Rogério Gentile, do UOL, o PM participou de um cerco a três homens suspeitos de terem cometido um roubo no centro de São Paulo. Um dele, que estava armado, foi visto no Mercado Municipal, enquanto tentava se passar por um cliente. Sob risco de tiroteio, o comandante da ação exigiu que fosse feito um isolamento da área. Um dos cinegrafistas da Band estava no local e não obedeceu a ordem do oficial, sendo afastado à força.
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Datena não concordou com a atitude do policial e o chamou de “desqualificado”, apontando ainda que sua atuação era “uma pouca-vergonha”, e que ele não tinha condição de estar na rua. “É perigoso o cara dar um tiro na cara dele [do cinegrafista] “, disparou ele. O militar entrou na Justiça e alegou ter sido “humilhado e execrado” pelo jornalista. O comunicador e a Band se defenderam apontando a eficiência do apresentador na área das reportagens, além de terem afirmando que o policial atrapalhou a ação da imprensa.
A juíza Cláudia Maria Pereira Ravacci afirmou em sua sentença de 2017 que o programa tem um caráter sensacionalista, que busca audiência em todo custo. Além disso, ela apontou que a equipe da Band corria risco da própria integridade física no local do possível tiroteio. Depois de entrar com recursos, Datena e a Band foram condenados pelo juiz Otavio Tokuda, em 28 de janeiro. A dívida poderá ser paga em cinco parcelas.