Na televisão desde os anos 1970, Lucélia Santos foi um dos grandes nomes da dramaturgia da Globo. A artista conseguiu uma liminar na 7ª Vara Cível da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em uma ação movida contra a TV Cultura. A decisão determina que a emissora devolva, no prazo de 15 dias, a gravação da peça teatral Vozes da Floresta – Chico Mendes Vive.
Segundo O Globo, a ação judicial foi motivada pelo suposto uso indevido do material por parte da emissora. Lucélia Santos alega que a TV Cultura exibiu a peça sem a devida compensação financeira e, por isso, busca reparação na Justiça. No processo, a atriz exige o pagamento de R$ 52 mil pelo televisionamento da obra, além de uma indenização de R$ 500 mil por danos morais.
O caso está sendo conduzido pelo escritório Rafael Alves de Oliveira Advogados, que representa a artista. Segundo a defesa, a exibição não autorizada da peça configura uma violação dos direitos da atriz e dos demais envolvidos na produção teatral.
Lucélia Santos já enfrentou a Globo
Em 2024, a atriz afirmou que “nunca recebeu um centavo” da Globo pela venda de novelas clássicas da emissora, protagonizadas por ela, para o exterior. “A gente tem que ter o direito. Eu sou uma das pessoas mais lesadas no Brasil. Nunca recebi um centavo de direito por meu trabalho e divulgação no exterior. A gente está falando de Escrava Isaura, Sinhá Moça (1986), Ciranda de Pedra (1981). Só Escrava Isaura e Sinhá Moça são duas das que mais venderam. Eu nunca recebi um centavo”, contou.
Com o papel em Escrava Isaura, Lucélia Santos chegou a ganhar o Prêmio Águia de Ouro, com os votos de cerca de 300 milhões de pessoas – foi a primeira vez que uma atriz estrangeira recebeu um prêmio no país. Em 1985, a trama já havia sido vendida a 27 países. “Eles dizem ‘não, é anterior a regulamentação da profissão de atores no Brasil’. Ok, mas o direito de imagem é inalienável ou não?”, declarou.