Estrela de novelas da TV Globo no passado, Narjara Turetta desabafou sobre ter passado sete anos vendendo água de coco para poder se sustentar. A atriz lamentou a falta de oportunidades na televisão que enfrentou durante muito tempo, e entregou como foi o drama financeiro que precisou superar ao lado da mãe. “Eu e minha mãe, a gente ficou numa depressão ‘braba’, porque o dinheiro que a gente tinha guardado acabou. Fui a programas de televisão, chorar pitangas, procurei o Gugu, a gente era muito amigo, pedi para ele arrumar para ao menos fazer merchandising e não consegui nada”, disse ela, em entrevista ao podcast Papagaio Falante.
A artista afirmou que não entendeu como sua carreira declinou a ponto dela ter que buscar alternativas para sobreviver. “Você está ali em cima, de repente se vê embaixo, é uma coisa estranha, que incomoda o ego da gente. Você começa a pensar: ‘O que eu fiz de errado?’”, indagou. Sobre a venda de água de coco, ela explicou que foi a forma que encontrou para pagar as contas de casa. “Era o sustento meu e da minha mãe. A gente pagava aluguel. Muita gente me reconhecia, pensavam que era pegadinha. E as pessoas começaram a vir para me conhecer”, revelou.
Repórter do SBT acusa polícia de privilegiar concorrente em caso de jovem morta
Galvão Bueno define quantidade de jogos que vai narrar pela Amazon
Narjara Turetta contou que pediu oportunidades para Manoel Carlos, mas lhe foram negadas, até que o diretor Jayme Monjardim se surpreendeu com uma entrevista sua ao programa de Luciana Gimenez na RedeTV!, o Superpop. “Chorei muitas vezes na rua, no meu travesseiro, batia um desespero. Questionava ‘será que um dia vou voltar?’”, contou ela, que acabou conseguindo um papel em Páginas da Vida (2006).
A atriz entrou na trama três meses depois da estreia. “Dei entrevista para o programa da Luciana Gimenez, o Jayme viu e me chamou. Quando voltei, o pessoal da técnica falou: ‘Você voltou para onde nunca deveria ter saído’. Eu achei tão lindo, foi tão emocionante, e isso é tão bacana quando o pessoal da técnica gosta da gente”, contou. Ao fim da novela, ela voltou a vender água de coco. “Não teve contrato com a Globo, eu fiz por cachê, e aí quando acabou a novela, não aconteceu nada, a gente voltou a vender água de coco e ficamos mais três anos. Sou grata ao Walcyr Carrasco que me deu oportunidade em 2010, depois a Glória Perez”, concluiu.