BASTIDORES

Cátia Fonseca fala pela primeira vez sobre demissão do marido e boatos de saída da Band

Apresentadora comentou as mudanças na direção do Melhor da Tarde e desmentiu boatos sobre conversas com SBT e Record

Cátia Fonseca apresentando o programa Melhor da Tarde diante de um telão com o nome da atração
Cátia Fonseca falou tudo sobre a demissão do marido da direção do Melhor da Tarde (foto: Reprodução/Band)

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Cátia Fonseca falou pela primeira vez sobre a demissão de seu marido, Rodrigo Riccó, da direção do Melhor da Tarde, da Band. Em conversa com o jornalista Leo Dias, no YouTube, a apresentadora abriu o jogo sobre as mudanças no canal e o impacto da saída do diretor do programa que comandou por sete anos. Riccó foi substituído no posto por Mario Meirelles, profissional com mais de 35 anos de experiência como diretor de programas da Globo.

A comunicadora explicou que Riccó e ela foram contratados simultaneamente pela Band, sem que os contratos fossem vinculados. “Quando fomos para a Band, outros cinco programas estrearam. Só o nosso ficou na grade, e nesta semana completamos sete anos”, destacou. Segundo Cátia Fonseca, a construção do programa exigiu dedicação intensa, especialmente por ser exibido em um canal tradicionalmente voltado ao esporte.

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Cátia Fonseca pontuou que ela e Riccó se envolveram completamente na produção da Band, levando trabalho para casa e ajustando o formato às preferências do público da emissora. “As pessoas acham que existe uma fórmula mágica, mas não existe. Isso só é possível quando se tem uma equipe”, afirmou. O casal optou por interromper projetos paralelos, como um canal no YouTube, para manter o foco no Melhor da Tarde.

Além disso, Cátia Fonseca também mencionou as dificuldades enfrentadas pela equipe da Band nos últimos anos, especialmente durante a crise sanitária causada pelo vírus da infecção respiratória e com o aumento da concorrência no horário da tarde com o Fofocalizando, do SBT, atração da qual Leo Dias faz parte. “O público já é pequeno, e cada programa que entra divide ainda mais essa audiência. Tivemos que recomeçar diversas vezes”, explicou Cátia.

A saída de Rodrigo Riccó aconteceu no final do ano passado. A direção da Band comunicou separadamente à cada um que não haveria mais investimentos e que o programa seguiria um novo rumo. “Não foi um momento fácil. Eu poderia ter escolhido não voltar, mas isso não fazia parte das minhas escolhas. Eu não sou de abandonar o barco”, afirmou a Cátia Fonseca.

Sobre os rumores de sua possível saída da Band, Cátia Fonseca negou ter tido contato com outras emissoras durante suas férias na Itália. “O dia que eu não tiver mais de um corpo e alma, eu vou avisar e falo assim: ‘Para mim não está dando. Eu já não estou mais integralmente nesse projeto’. Mas de uma forma muito diferente e não desse jeito, que para mim seria um jeito muito infantil, antiprofissional, coisa que eu não sou”, concluiu.

O TV Pop separou os principais pontos do desabafo de Cátia Fonseca:

Contratação na Band e início do Melhor da Tarde

“Quando eu fui contratada pela Band, ele [Rodrigo Riccó] foi contratado pela Band também. Os nossos contratos eram misturados, mas não engessados. Porque a Band queria que a gente efetivamente tivesse um programa que a gente conseguisse conduzi-lo. E, quando a gente foi para a Band com o nosso programa, Melhor da Tarde, outros cinco programas estrearam e só o nosso ficou na grade. Nesta semana, a gente completou sete anos.”

As dificuldades com a grade da emissora

“Foram sete anos de muita dedicação e você sabe que não é fácil, né? Por uma emissora que é estritamente masculina já não é fácil para nenhuma, mas para uma emissora chamada de o canal do esporte. Então, a gente recebe o programa de um esporte, então a gente vem na grade com Renata Fan, em São Paulo, com o Neto, mas nas outras regiões do país também com esporte. Depois tem o Melhor da Tarde e entra o Brasil Urgente.”

Adaptação do programa ao público da Band

“A gente passou um ano camelando [trabalhando arduamente] mesmo, tentando descobrir qual era o público da Band, o que o público da Band queria ver no Melhor da Tarde. E de que forma ele queria que a gente mostrasse isso para ele. As pessoas acham que existe uma fórmula mágica, tipo uma receita de bolo, e não existe. E isso só é possível quando você tem uma equipe.”

Dedicação intensa ao trabalho

“Nesse caso, eu era funcionária da Band, o Rodrigo, funcionário da Band, e o que acontecia é que a gente levava o trabalho para casa. E, nas férias, a gente levava o trabalho. Então, a gente se dedicou mil por cento a isso. Eu não consigo fazer nada que eu não acredite de verdade. Se eu não tiver tesão, cara, não está dando certo.”

As mudanças no programa ao longo dos anos

“Esse tempo foi importante para a gente entender o que o Melhor da Tarde era, o que ele tinha que ser, erros e acertos. A televisão hoje se transforma de tempos em tempos. Então, por exemplo, Melhor da Tarde passou por várias transformações. E, nesse tempo todo, a gente foi descobrindo novas coisas e se jogando intensamente.”

Escolhas para manter o programa no ar

“Muita gente fala: ‘Mas por que você parou o canal do YouTube?’. Porque eu sabia, e o Rodrigo também sabia, que se a gente não se dedicasse 1 milhão por cento naquele momento, o programa não vingaria. A gente percebeu que, se não se dedicasse completamente, não alcançaria o que queria alcançar. E aí a gente tem que fazer escolhas. Naquele momento, a gente escolheu. Somos 1 milhão por cento Band e assim seremos.”

Impacto da crise sanitária e concorrência

“Os anos foram passando e a gente foi tendo mais tesão em fazer outras coisas, inventando mais coisas. Então, inventamos viagens e não tinha dinheiro. A gente ia atrás de patrocinador e puxava tudo para a gente, porque a gente gosta de fazer isso. Só que os anos foram passando, veio a pandemia, e os investimentos foram diminuindo no mundo inteiro, não só lá. A gente foi passando por momentos difíceis de não ter mais como colocar em prática tanta criação. E a gente foi assumindo mais responsabilidades. O que aconteceu no ano passado foi um ano bem difícil. E aí, até com a entrada do Fofocalizando também. Por que é difícil? Porque se divide o público. O público da tarde é muito pequeno. Ele é muito pequeno para se dividir. Então, cada programa que entra divide mais ainda. Você tem que começar tudo do zero e fazer tudo de novo.”

A demissão de Rodrigo Riccó

“Chegou o fim de ano. E aí chamaram a mim e o Rodrigo, separados, e falaram: ‘Nesse momento, nós não vamos ter investimentos assim, e a gente quer tomar outro rumo’, e aí dispensaram o Rodrigo. Falar que esse momento foi gostoso, foi legal, foi tranquilo, não foi. Mas eu sou funcionária da Band. Eu sou uma pessoa que respeita muito isso. Se eu estou integralmente numa empresa, eu estou integralmente.”

Adaptação após a saída do marido

“As primeiras semanas foram muito difíceis da minha volta, porque eu tinha hábitos e formas que a gente tinha de se olhar e se conectar. Isso aconteceu não só com o Rodrigo, mas com os meninos do estúdio que foram saindo. E as reconexões estão sendo refeitas. Então, leva um certo tempo para se fazer isso. Não foi nada que me deixou tão tranquila, tão agradável ou tão pouco tão feliz. Mas era algo que eu, como funcionária da Band, poderia escolher não voltar. Mas isso não fazia parte das minhas escolhas. Eu não sou de abandonar um barco, muito pelo contrário.”

Compromisso com o trabalho

“Antes de mais nada, eu sou uma pessoa profissional e assim sempre serei. Eu sou uma pessoa muito clara com todos que trabalham comigo. Foi assim na Rede Mulher quando trabalhei lá, foi na Record, foi na Band em outros momentos, foi na Gazeta. Eu sou uma pessoa muito transparente e falo o que eu sinto.”

Rumores sobre saída da Band

“Agora, se eu procurei emissora… Eu estava de férias. Falei para o Rodrigo: ‘Nós vamos sair de férias e não vamos pensar em mais nada, só nas nossas férias’. E nós ficamos 15 dias sem pensar em nada, nem lembrávamos. A gente lembrava, mas não alimentava as ideias do que aconteceu. Eu precisava digerir e realinhar a minha vida. E foi o que a gente fez. A gente já vinha trabalhando com outros projetos paralelos desde o ano passado. A gente intensificou isso. E, para mim, o mais importante é você estar integralmente numa história.”

Boatos de negociações com emissoras

“Falaram: ‘Mas o SBT, e a Record?’. Gente, eu estava na Itália e na Itália eu fiquei. Então, não teve esse tipo de contato. Aí muita gente fala assim: ‘Ah, mas será que ela volta?’. Tem bolão, aí eu falei: ‘Gente, eu volto todo ano, do dia 3 a 6 de fevereiro. Então, não vou ficar dando satisfação, né? Porque não faz sentido. E nunca ninguém da Band ligou e falou: ‘Ó, Cátia, você volta ou não?’. Porque eles sabiam que eu voltaria, porque estava marcado para eu voltar. E eu volto e assim será.”

O futuro de Cátia Fonseca na Band

“Eu acho que é legal eu poder falar disso. O dia que eu não tiver mais de corpo e alma, eu vou avisar e falo assim: ‘Para mim, não está dando. Eu já não estou mais integralmente nesse projeto’. Mas de uma forma muito diferente e não desse jeito, que pra mim seria um jeito muito infantil, antiprofissional. Coisa que eu não sou, nem infantil e nem antiprofissional.”

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