Rafa Kalimann passou um temporada nos Estados Unidos para estudar e criar novos conteúdos. A influenciadora relembrou o Casa Kalimann, programa do Globoplay, que foi muito criticado nas redes sociais. “O Casa [Kalimann] me trouxe para um lugar de coragem. Surgiu o convite para eu assumir um programa com o meu nome e eu tive pouquíssimo tempo pra me preparar”, disse em entrevista para Sonia Racy, do Estadão.
“Eu não esperava, mas não quis deixar de viver isso por medo. Começou aí o grande aprendizado de ter coragem pra viver tudo que a vida tem pra me oferecer, o que vier. Quando o último episódio foi ao ar, eu fiquei aos prantos e a minha equipe também, porque foi um desafio para todos. Começar um programa do nada, lapidar o conceito. Eu aprendi muito”, declarou.
A apresentadora afirmou que o Big Brother Brasil funciona como um espelho da sociedade. “Acho que [o BBB] é um reflexo da nossa sociedade e traduz muito do que somos como pessoas. Claro, de uma maneira resumida. No fundo todo mundo se identifica pelo menos um pouquinho com alguém que está ali ou com uma situação que surge lá”, afirmou.
Sobre se expor para um número absurdo de pessoas, a modelo contou que existe a mesma proporção de luz e treva na fama. “Quando você se expõe muito, vão existir pessoas que gostam de você e na mesma proporção gente que não se identifica e que aponta o dedo. É aí que você começa a ter uma responsabilidade maior justamente pelo aumento do público, que está esperando muito mais de você e que tende a te cobrar cada vez mais. Buga a cabeça mesmo, dá aquele tilt ‘o que é que vai ser de mim agora?’”, pontuou Rafa Kalimann.
Questionada o que ela acha da geração que quer ser influenciadora e youtuber, a apresentadora disse que acha bom que existam novos parâmetros de beleza e espaço na sociedade, mas é preocupante que adolescentes achem que se tornar um influenciador é um caminho fácil. “[Na internet] conseguimos conquistar um espaço sendo de fato quem somos e isso é muito legal. Antes existiam muitos parâmetros de beleza e de moda. Éramos limitados ao que as grandes mídias nos proporcionavam”, explicou.
“Hoje, uma menina do interior de Minas Gerais, assim como eu, pode conseguir espaço simplesmente ao mostrar sua rotina, basicamente sendo ela mesma. Isso é genial. Cada um com seu público, seu conteúdo. Mas, claro, é preocupante que crianças e adolescentes comecem a se comparar com os influencers que estão vendo, deixem de ter foco, achem que é um caminho fácil. Não é. É um trabalho enorme, quase sem fim, praticamente 24 horas por dia”, concluiu.