Bruno Gagliasso esteve por 15 anos na Globo em inúmeras novelas. O ator tem sido uma das grandes apostas do streaming em grandes empresas como Amazon e Netflix. “Ter o streaming no Brasil na época que a cultura e o cinema estão sendo dilacerados faz total diferença. Sinto uma liberdade e uma vontade de descobrir novas histórias. É uma época de acolhimento, parceria e troca”, contou ele para o Splash, do UOL.
Atualmente, o marido de Giovanna Ewbank estava vivendo na Espanha até que aceitou o papel para Operação Maré Negra. Na série, o ator vive um traficante em 2019. Na época, um submersível artesanal atravessa o Oceano Atlântico com três toneladas de cocaína. Três homens estão dentro e sobrevivem a tormentas, correntes, avarias, fome, discussões e a uma constante pressão policial. “É um tema muito quente, é a principal rota das drogas no país. Fiquei chocado porque beira o absurdo, só que é real. Se você visse o semi-submersível, é assustador. Nunca que eu entraria ali! Deram sorte de não terem morrido”, pontuou.
“A forma de combater a droga é com a educação e a descriminalização. Quem tem que ir preso não vai e sim quem precisa daquilo para viver. A gente vive num país que um militar é visto com um helicóptero cheio de cocaína e não acontece nada com ele”, declarou.
Após a demissão da Globo no início de 2020, Bruno Gagliasso atuou em grandes produções. O empresário esteve no filme Marighella e a série Santo, da Netflix. “Fiquei pensando muito nisso de chegar aos 40. A maturidade me trouxe a serenidade de escolher caminhos que meus filhos vão se orgulhar. Quero deixar um legado de educação, de ter respeito a tudo que vivi, ao que escolhi como ator e ser humano. Penso muito antes de aceitar qualquer tipo de trabalho porque sei o poder que a arte tem de influenciar a vida das pessoas e levantar discussões. Você pode esperar da minha carreira trabalhos que façam a diferença na vida de quem assiste. Quero que meus filhos sintam orgulho de mim”, afirmou.