Chris Cuomo, ex-âncora da CNN norte-americana, entrou com uma ação na Justiça contra o canal de notícias e pede US$ 125 milhões de indenização por danos causados após sua “demissão injusta” e “imagem manchada” à carreira. O profissional foi demitido em dezembro do ano passado depois que uma investigação interna revelou envolvimento na defesa de seu irmão Andrew Cuomo, ex-governador de Nova York acusado de assédio sexual.
Em comunicado, o advogado de Cuomo citou a investigação interna da WarnerMedia, dona da CNN, como prova do conhecimento da relação entre os irmãos na alta cúpula do canal de notícias. “Já deveria ser óbvio para todos que Chris Cuomo não mentiu para a CNN sobre ajudar o irmão“, afirmou Bryan Freedman.
De acordo com o defensor, os argumentos do pedido de indenização “deixam claro que a CNN demitiu Chris injustamente e violou ainda mais os termos expressos de seu contrato de trabalho, permitindo que seus funcionários o depreciassem”. O valor pedido soma os US$ 15 milhões restantes do salário previsto no contrato de Chris Cuomo mais US$ 110 milhões por “danos consequenciais” à reputação do ex-âncora. “Chris deve um pedido de desculpas completo dos responsáveis”, finaliza o comunicado.
Andrew Cuomo, ex-governador de Nova York, é acusado de assediar colegas de trabalho enquanto estava no mandato. Em agosto de 2021, a procuradora-geral de NY, Letitia James, divulgou um relatório sobre o comportamento de Andrew. O político nega as acusações e renunciou ao cargo no mesmo mês. Na ocasião, Chris Cuomo afirmou que era “um irmão” e “não um conselheiro” para o ex-governador. O apresentador admitiu ter conversado com assessores de Andrew. Em maio, a emissora pediu que ele parasse de se envolver no caso.
