Ex-autor da Globo, Maurício Gyboski detonou a política de demissão em massa que vem sendo adotada pela emissora nos últimos anos. Colaborador de Aguinaldo Silva em novelas como Império (2014) e O Sétimo Guardião (2018), o profissional utilizou seu perfil nas redes sociais para falar sobre o assunto e criticar a líder de audiência. Ele lembrou que nem na época da falência da TV Tupi (1950-1980) e da TV Manchete (1983-1999) houve uma crise desse nível.
“Nem a falência de Tupi e Manchete geraram crise assim nas novelas. Aguinaldo Silva e equipe, João Ximenes, Claudia Lage, [Antônio] Calmon, [Walther] Negrão, Suzy Pires, [Daniel] Adjafre, [Daniel] Berlinsky, [Mighel] Falabella, Beth Jhin, Paula Amaral, Izabel Oliveira, Maria Elisa Berredo, Paulo Cursino, Paulo Halm e… contando”, disse ele no Twitter ao falar sobre a saída de diversos autores nos últimos anos.
Maurício Gyboski também comentou sobre a atual situação do mercado. Segundo ele, nem mesmo a HBO Max tem condições de comportar a quantidade de talentos que estão disponíveis. “É sem precedentes! Nem quando Embrafilme fechou na era Collor foi tão brutal. A televisão salvou vários profissionais do cinema. Mas não se pode dizer que o inverso vai acontecer agora. Nem mesmo o streaming. HBO não comporta tantos talentos que estão no mercado. Triste demais!”, lamentou.
Na semana passada, a colunista Patricia Kogut, de O Globo, noticiou que Paulo Halm, autor das novelas Totalmente Demais (2015) e Bom Sucesso (2019), não teve o contrato renovado com a Globo. Ele estava na emissora desde 2008 e chegou a apresentar projetos de séries e folhetins, que acabaram não sendo aprovados. Uma das ideias apresentadas à Globo foi uma história para o horário das seis, Paixão Nacional, que seria uma comédia sobre o amor dos telespectadores brasileiros pela teledramaturgia. Outro projeto rejeitado pela rede foi a série policial Os Filhos da Paixão.