Bruna Linzmeyer, um dos destaques da novela Pantanal, em que interpreta a personagem Madeleine, conta em entrevista para a Quem, qual foi a sensação de gravar na região e quais são as suas diferenças em comparação com a sua personagem. “Eu me esforçava para olhar ao pantanal com os olhos de Madeleine. Afinal, quando ela chega lá, Madeleine não vê a região com bons olhos, diferentemente de mim, que fiquei encantada. Busquei os incômodos e as angústias dela”, explicou a atriz.
“Fiquei investigando a angústia da Madeleine porque, ao mesmo tempo, que a sensação de olhar para o horizonte pode ser muito gostosa, ela também pode causar a sensação de ‘onde estou? Como vou embora?’ – e é dessa forma que bate na minha personagem”, disse ela, que ainda destacou mais detalhes sobre os bastidores das gravações da trama. “Tive esse embate de estar muito encantada como Bruna, mas buscando o olhar de Madeleine – uma pessoa que não se dá bem com aquele lugar. Ela encontra uma solidão e uma angústia muito grande”.
A atriz aproveitou para revelar alguns perrengues que o elenco passou durante as filmagens da trama que vem fazendo sucesso na Globo. “Acho que é unânime entre todos que o maior perrengue era abrir e fechar as porteiras no deslocamento de todos os dias. Para o abrir e fechar das porteiras, os meninos foram gentis com a gente. Eles abriam e fechavam mais vezes porque a gente estava no carro com os cabelos montados, tinha poeira, tinha bichos”, contou.
Por fim, ela contou quais foram os animais locais que ela encontrou na região. “Os jacarés são lindos de ver. Eles não são um perigo para gente. Ficávamos no mesmo rio que eles. Não vi sucuri, nem onça. Já a ariranha… quando a ariranha passava, eu ficava esperando do outro lado do rio, sentada na areia. Não queria por perto, não (risos)”, disse ela. “É muito interessante a sensação de você se sentir um animal humano estrangeiro no meio de outros animais. Eu diria que é a inversão de uma lógica a que estamos acostumados hoje em dia, com a vida nas cidades. A gente é, de fato, intruso. A inversão de lógica é uma sensação muito rara de sentir hoje em dia”, destacou.