Ex-apresentador do Morning Show, da Jovem Pan, Edgard Piccoli falou pela primeira vez sobre sua saída conturbada da atração, que comandou por oito anos. Em entrevista ao PodCringe, videocast do jornalístico Domingo Espetacular, da Record, o comunicador falou sobre o período em que esteve à frente do programa do grupo de mídia controlado pelo empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha.
“Chegou um ponto em que eu estava doente. Minha cabeça, psicologicamente, por mais força que você tenha, por mais escudo que você crie, por mais proteção que você levante contra essas energias ruins, chega uma hora que você quer outra coisa da vida. Eu não preciso mais disso”, explica o apresentador.
Piccoli diz que, com uma polarização do Brasil e uma demanda da direção, o programa passou a ser incorporado de noticiários políticos. “Aquilo foi minando o nosso programa. O programa foi cada vez deixando de ser um programa de puro entretenimento e passou a gastar um tempo maior nas decisões políticas. E esses embates aconteceram e foram cada vez mais se acalorando e se avolumando no programa porque eu não queria deixar passar uma visão única dentro do Morning Show”, comenta.
Questionado pelo repórter Michael Keller se pediram a sua demissão da Jovem Pan, o ex-VJ foi enfático. “Não teve acordo. Eles abriram mão e não quiseram mais. Isso é o menos importante. O importante é a vida que eu levo”. Na entrevista, Piccoli também contou diversas histórias sobre os mais de 30 anos de carreira e comentou sobre o início da sua vida na televisão, quando apresentava um programa na rádio 89 FM pela manhã e, à tarde, nos estúdios da recém-inaugurada MTV (Music Television).
“A MTV foi uma guinada incrível para minha carreira, porque consegui juntar o que eu já era apaixonado que era a música, com a função do apresentador, que eu já fazia no rádio e passei a fazer na televisão. Eu estava vivendo o sonho de qualquer jovem e pós-adolescente daquela época”, conta o ex-VJ Edgard Piccoli.