Juliana Paes, que interpretou a misteriosa Maria Marruá, mãe de Juma (Alanis Guillen), contou em entrevista para a Quem com foi o processo de criação da personagem na novela Pantanal, exibida pela TV Globo. Ela ainda acredita que a decisão de manter aspectos misteriosos à trama, foi uma decisão inteligente do diretor Rogério Gomes, o Papinha, que recentemente pediu demissão da líder de audiência. “Nessa versão, acho que o Papa optou por deixar mais o mistério do Pantanal, a lenda”, contou.
“Foi uma escolha do nosso diretor trabalhar essa aura de mistério. Não vemos nenhuma cena no estilo X-Men. A transformação é uma percepção de cada um. Entre os próprios personagens da história, tem quem ache que é ‘falação’ a mulher virar onça, por exemplo. Tem quem acredita e acho que cada um do público vai perceber a sua maneira”, analisou a atriz, que ainda comentou como foi interpretar a personagem do folhetim das 21h.
“O processo diário de Pantanal é catártico. Não foi esforço nenhum ter uma caracterização como a da Maria Marruá, muito pelo contrário. É gratificante poder abrir mão da vaidade pela estética vigente. Mais do que isso: vi beleza e poesia nas marcas do tempo. É bacana poder abrir mão da vaidade. Para mim, não foi esforço nenhum”, disse ela, destacando sua ida ao Pantanal e como isso ajudou a compor sua personagem.
“Nas idas à fazenda do Almir [Sater], ficava atenta à forma como as pessoas falavam e vinham ideias de composição. É um processo dinâmico e nada muito cartesiano. Estar no Pantanal foi muito importante para compor a personagem. Nunca tinha estado lá. A Maria tinha elementos muitos específicos porque ela não era do Pantanal. Ela veio do Sarandi. A gente trabalhou um jeito de falar para ficar alinhado com o elenco, mas tínhamos que ter um salpico com o Sul, afinal a família era de lá. É gostoso criar o tempo inteiro. Tinha receio de perder o sotaque”, finalizou Juliana Paes.