Autor da novela Senhora do Destino (2004), Aguinaldo Silva está escrevendo uma série que vai contar a história de Nazaré Tedesco, vilã interpretada por Renata Sorrah no folhetim que fez sucesso na faixa das 21h da Globo. O título da nova produção será A Menina Má e a novidade foi anunciada por Aguinaldo ao apresentador e ator Luciano Szafir em entrevista ao programa Casa Szafir, que vem sendo gravado na residência do artista em Campinas, no interior de São Paulo, para onde ele se mudou com a família recentemente. A atração estreará em 4 de junho na VTV, afiliada do SBT no interior de São Paulo, e será exibida pela parceira do canal de Silvio Santos todos os sábados, a partir de 13h15. As informações são da coluna da jornalista Patricia Kogut, em O Globo.
Essa não é a primeira vez que Aguinaldo Silva tenta ressuscitar a icônica personagem de Renata Sorrah. Em 2018, ele tentou voltar com a “raposa felpuda” em O Sétimo Guardião, sua última novela na Globo. Na história, a também vilã Valentina (Lilia Cabral) traria a megera de volta por engano ao fazer um ritual com a água mágica da fonte da juventude da cidade fictícia de Serro Azul. Em conversa com a jornalista Cristina Padiglione, o novelista afirmou que desistiu de voltar com a vilã após um pedido da própria atriz que deu vida à personagem. “A Renata me falou uma frase que me calou. Ela disse: ‘Aguinaldo, deixa a Nazaré quietinha lá no canto dela’, e eu acho que ela tem razão”, disse ele na ocasião.
Após 40 anos na Globo, Aguinaldo Silva não teve o contrato renovado com a emissora em janeiro de 2020. Na empresa, ele foi coautor de novelas como Roque Santeiro (1985), Vale Tudo (1988) e Tieta (1989). Como autor principal, desenvolveu as histórias de Pedra Sobre Pedra (1992), A Indomada (1997), Porto dos Milagres (2001), Senhora do Destino (2004), Duas Caras (2007), Fina Estampa (2011), Império (2014), entre outras.
No ano passado, em entrevista ao programa A Noite é Nossa, da Record, o escritor falou sobre sua saída da líder de audiência. “Primeiro, eu fiquei chocado. Porque quando as coisas são assim muito oficiais, depois de uma relação tão longa e que rendeu tantos frutos para ambas as partes, essa coisa assim meio burocrática, oficial, é meio chocante”, afirmou. E eu fiquei um pouquinho magoado com duas ou três pessoas que também não estão mais lá”, desabafou ele em entrevista à Record no ano passado. “Foi o fim de um ciclo, entendeu? A emissora me deu muito durante esses 40 anos, eu não posso me queixar. E eu também dei muito para a emissora. Foi uma troca justa”, concluiu.