Numa disputa acirrada na última terça-feira, dia 23, Carla Diaz foi a sétima participante a deixar o BBB 21, com 44,96% dos votos, após enfrentar Rodolffo e Fiuk no paredão que bateu recorde de votação por minuto do reality: 2.988.000 votos foram contabilizados simultaneamente. A atriz mostrou um jogo guiado pelo coração e teve a oportunidade de mudar os rumos do game ao participar de um paredão falso e voltar à casa, vestida de dummy, depois de ter tido acesso a informações privilegiadas dos participantes.
Carla acredita que muita coisa levou à sua eliminação: “Minha trajetória não se resume a uma só situação. Estou com a consciência muito tranquila de que eu fiz a minha parte de seguir o meu coração, e as pessoas acharam melhor me ver aqui fora.” declarou a atriz. Agora fora do reality, Carla afirma ter sido sincera e fiel aos seus sentimentos todo o tempo: “Me permiti de verdade, me libertei. Mesmo sendo uma pessoa conhecida, eu preferi me jogar, porque eu sou dessas; não consigo ficar na dúvida, me jogo mesmo (risos)”.
Sobre seu relacionamento com Arthur a eliminada da semana faz suspense: “Fui feliz, tive dúvidas, acertei… Acho que todo mundo passa por isso em qualquer tipo de relacionamento, seja ele amoroso ou mesmo amizade. E quanto ao futuro, a Deus pertence”, finalizou Carla. Na entrevista a seguir, divulgada pela Globo, a ex-participante conta sobre o momento mais marcante de sua trajetória – o paredão falso – e comenta sobre as amizades e o romance com Arthur.
Como foi, para você, a experiência de participar do ‘Big Brother Brasil’?
Foi uma experiência maravilhosa, completamente diferente de tudo que eu já vivi. Apesar de estar na TV desde os meus dois anos de idade, eu nunca tinha feito isso 24 horas por dia, dormindo e acordando em frente às câmeras. Eu me joguei, segui o meu coração, fui fiel aos meus sentimentos e me permiti viver tudo aquilo. Eu passava do lado de fora da casa do BBB, nos Estúdios Globo, e sonhava estar ali dentro. Vivi esse sonho e foi ainda melhor do que eu imaginava. Foi uma trajetória de autoconhecimento também.
Quais foram os pontos altos dessa trajetória e as maiores dificuldades?
Um ponto alto foi ter jogado com o coração o tempo todo, ser eu mesma lá dentro. E é engraçado falar isso porque no BBB tudo acontece dentro de situações muito específicas, que não existem fora do programa. Eu poderia não tomar as mesmas atitudes se estivesse fora da casa, em outro contexto. Mas eu agi com o que eu tinha ali. Fui a Carla que sou na vida real, acolhi as pessoas, ouvi sem julgar, fui sincera. Não foi uma dificuldade para mim, esse é o meu jeito de ser. Além disso, ter ido para o quarto secreto e ter voltado daquela forma foi incrível. Eu “saí” sendo muito julgada pelas pessoas lá dentro e voltei porque fui escolhida pelo público. Foi uma oportunidade única. Voltar vestida de dummy foi épico, zerei o BBB (risos)! Atender o Big Fone também foi um risco, que nem todo mundo tem coragem de correr, mas eu me dispus àquilo; era um jogo e eu tinha que jogar. Já a minha maior dificuldade foi saber lidar com as situações da casa, estar com tantas pessoas diferentes 24 horas por dia e administrar os conflitos que apareciam entre a gente. Mas até isso foi positivo para mim. Fica um aprendizado muito grande de toda essa troca.
Estar diante das câmeras como atriz, interpretando um personagem, é muito diferente de estar cercada por elas em um reality show?
É completamente diferente. As pessoas falam muito sobre sustentar personagem no BBB, mas é impossível sustentar um personagem que não existe e não tem um roteiro a ser seguido. Tudo acontece de forma muito rápida e precisamos reagir às situações que vão aparecendo de acordo com o que a gente observa e sente. Para mim, não tinha como fingir ser alguém que eu não era. É até clichê dizer isso, mas eu fui eu mesma. Fui muito sincera com todo mundo, me joguei e me permiti viver e fazer tudo que eu queria lá dentro.
Alguns participantes apontaram, em diferentes momentos, que você estaria atuando ou “fazendo média”. Como você enxerga isso?
Essa questão de “fazer média” nunca foi algo que eu aprovei ou gostei, então eu jamais faria com outra pessoa. Mas é o meu jeito, sim, ser educada, é o meu jeito querer agradar o outro, seja fazendo um bolo, seja ouvindo ou acolhendo. Foram atitudes sinceras da minha parte que algumas pessoas podem ter interpretado de outra forma. Mas aí já é um problema delas (risos).
Você foi escolhida pelo público para ir ao quarto secreto no paredão falso. Qual foi a sensação de viver aquele momento?
Foi mágico, épico, indescritível. Não tem como definir em uma só palavra ou em uma frase porque foi uma das maiores emoções que eu já senti na minha vida. Eu estava “saindo” da casa arrasada, tentando ser o máximo sincera com as pessoas e vendo uma certa rejeição; elas não queriam me ouvir. Quando eu recebi uma nova chance, eu vi que não estava tão errada assim, que agir com o coração e com a sinceridade ainda é o que vale e o que é reconhecido também.
O que mais te surpreendeu no comportamento dos brothers após a sua “eliminação”?
A falsidade. Pessoas que diziam que gostavam de me ouvir e viam sinceridade em mim e por trás falaram mal. Vi também muita agressividade na forma como falavam sobre mim. E não só sobre mim, mas sobre a Juliette também. Aquilo me deixou muito magoada, não era coerente com o discurso que eu ouvia antes, pessoalmente. Eu me surpreendi muito positivamente com as escolhas de amizade que eu tinha feito, mas negativamente com algumas pessoas que eu ainda não tinha tanta proximidade. Meu “pé atrás” tinha um certo fundo de verdade.
Qual foi a sua estratégia de jogo na volta para a casa, depois do quarto secreto?
Foi uma mistura de um monte de pensamentos. Muitas pessoas achavam que eu iria voltar para a casa fazendo a mesma coisa que fizeram comigo lá dentro: apontando, falando mal, julgando. Só que eu não sou essa pessoa. Eu olhava para a falsidade e pensava: “é um problema dele, não é meu”. Eu preferi ficar na minha, em silêncio, e observar como as pessoas iriam reagir. E, de fato, acho que foi a melhor coisa que eu fiz. Todas vieram falar comigo por elas mesmas, eu tinha praticamente um horário marcado na agenda de cada um (risos). Foi assim que eu também consegui ver que muitos reconheceram seus erros e que percebi uma grande mudança na casa. Estava uma energia ruim antes e, com a minha volta, as coisas foram ficando mais leves. As pessoas, ao invés de apontar para o outro, começaram a olhar para elas mesmas. Obviamente eu ainda estava receosa com alguns, mas tudo ficou mais em harmonia.
O que você pode comentar sobre o seu relacionamento com o Arthur?
Eu posso dizer que não fui alguém que ficou com pudor de viver uma experiência amorosa dentro de um reality show. Me permiti de verdade, me libertei. Mesmo sendo uma pessoa conhecida, eu preferi me jogar, porque eu sou dessas; não consigo ficar na dúvida, me jogo mesmo (risos). Fui feliz, tive dúvidas, acertei… Acho que todo mundo passa por isso em qualquer tipo de relacionamento, seja ele amoroso ou mesmo amizade. E quanto ao futuro, a Deus pertence.
O que você acha que te levou a ser eliminada ontem?
Muita coisa. Minha trajetória não se resume a uma só situação. Estou com a consciência muito tranquila de que eu fiz a minha parte de seguir o meu coração, e as pessoas acharam melhor me ver aqui fora. Então eu vim, com a maior felicidade da missão cumprida e com o coração aberto para viver a vida real, que é aqui. Eu estava morrendo de saudade da minha mãe, da minha casa, do meu cachorro. Eu acredito que Deus tem uma missão para cada um e que o tempo para coisa é único. A minha hora chegou, acredito nisso.
Quais são as amizades feitas lá dentro que você pretende levar adiante a partir de agora?
Camilla de Lucas, Pocah, Juliette e João. Quero muito os quatro na minha vida! A Juliette, inclusive, foi uma descoberta. Ambas somos sagitarianas, a gente se reconheceu. Apesar da diferença de quartos e grupos acabar distanciando um pouco a gente, é uma amizade que eu senti que foi verdadeira. Por mais que a gente não tivesse tido muitos momentos de conversa, a gente se reconhecia muito pelo olhar. Ela me defendeu muito, acreditou em mim, assim como eu acredito nela. Lembro de ter falado para ela ser forte ainda na minha “primeira eliminação”. Ver as imagens no quarto secreto só confirmou tudo.
O que você leva consigo do BBB 21?
Uma experiência de vida e um aprendizado que eu jamais teria em outro trabalho ou na minha vida pessoal, ainda mais durante uma pandemia. Cada momento que eu vivenciei foi muito especial. Com certeza vai ficar guardado no coração.
Para quem fica sua torcida?
Camilla, Juliette e João são o meu trio favorito. E a Pocah também! Quero que os quatro cheguem à final. Não tenho como escolher um só, acho muito cedo. Quem vai decidir é o público (risos).
Quais são seus planos agora, fora do BBB?
Trabalhar muito! Cansei de ficar só dormindo e acordando, quero trabalhar, me movimentar, ser criativa (risos)!