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CAROLINA CIMENTI

Jornalista da Globo usa termo racista e é corrigida por apresentador

Imagem com foto do programa GloboNews Em Pauta
Carolina Cimenti foi corrigida após usar termo racista no Em Pauta (foto: GloboNews/Reprodução)

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Correspondente da Globo nos Estados Unidos desde 2016, a jornalista Carolina Cimenti foi corrigida ao vivo durante participação no GloboNews Em Pauta da última terça-feira (24). A profissional usou o termo “denegrir” no momento em que falava sobre Damien Abad, ministro recém-nomeado pelo presidente da França, Emmanuel Macron. Abad é acusado de violência sexual por duas mulheres.

Ao falar sobre o assunto, Carolina reforçou a importância do tema e disse que o assunto perde constância por “vir impregnado de acusações, como campanhas usadas para ‘denegrir’ imagens de pessoas”. A fala da correspondente da Globo imediatamente chamou atenção do âncora Marcelo Cosme, que esperou o fim do comentário da colega para fazer a correção.

“Nós cometemos escorregões às vezes, e precisamos lembrar para não acontecer. Você usou uma palavra que não usamos mais: denegrir. Como nós temos essa liberdade, quis chamar sua atenção para você poder se desculpar e não comentarmos mais sobre isso”, disse Cosme. “Não se usa mais essa palavra. Queria dizer que é como se as acusações ‘diminuíssem’ ou ‘manchassem’ a imagem deste homem. Usei uma palavra que é claramente racista, peço perdão”, respondeu Carolina Cimenti. “Estamos aqui para isso”, disse Marcelo Cosme antes de encerrar o assunto.

Nomeado na sexta-feira (20) como ministro da Solidariedade, Autonomia e Pessoas com Deficiência da França, Damien Abad colocou o governo do presidente Emmanuel Macron em um centro de polêmicas. De acordo com denúncias publicadas pelo site Mediapart, ele foi acusado de violência sexual por duas mulheres. As ações ocorreram no final de 2010 e início de 2011, respectivamente. Uma delas apresentou uma queixa à polícia contra Abad em 2017, que foi encerrada sem outras medidas.

Uma das vítimas diz que foi estuprada em 2010. Ela afirma ter sofrido um “apagão” depois de beber uma taça de champanhe com Damien Abad. A mulher acredita que pode ter sido drogada. A segunda suposta agressão teria ocorrido no ano seguinte. A outra mulher alega ter sido vítima de práticas forçadas, envolvendo elementos de constrangimento, em 2011. Os fatos teriam ocorrido em um hotel.

“Eu contesto com a maior força essas acusações de violência sexual. As relações sexuais que tive ao longo da minha vida sempre foram por consentimento mútuo”, disse Damien Abad em comunicado enviado à agência de notícias Reuters. Ele alegou que sofre de uma deficiência, uma síndrome chamada artrogripose que envolve a limitação congênita dos movimentos das articulações, que torna impossível cometer os atos denunciados. Segundo ele, todos os seus quatro membros são afetados.

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