Repórter especial do Fantástico, a jornalista Sônia Bridi se ofereceu para ajudar a pagar a remoção da tatuagem e um advogado para a jovem de 18 anos que teve o rosto marcado pelo ex-namorado Gabriel Henrique Alves Coelho. “É a única coisa que eu quero, tirar isso de mim. E nunca mais ouvir falar o nome dele”, disse a garota em entrevista ao Cidade Alerta na terça-feira (24).
Em uma rede social de mensagens curtas, o youtuber e criador de conteúdo Peter Jordan pediu o contato da menina. Outro usuário respondeu que alguns profissionais da imprensa poderiam ajudar, marcando Sônia Bridi. “Não tenho o contato. Mas ajudo a pagar a remoção. E advogado para ajudar na acusação, se for preciso”, respondeu a jornalista da Globo.
Em entrevista ao UOL, a vítima contou que antes de ser amarrada e tatuada por Gabriel Henrique sofreu diversas agressões dentro da casa do rapaz, para onde ele a levou após abordá-la em um ponto de ônibus na cidade de Taubaté, no interior de São Paulo, na sexta-feira (20). O agressor, que tem uma tatuagem na mesma parte do rosto em que tatuou a jovem, foi detido no último sábado (21).
Ele responderá por descumprir duas medidas protetivas que o impediam de se aproximar da jovem, uma de 2021 e outra de 2022. “Eu só pensava em como disfarçar aquela tatuagem com maquiagem. Foi quando minha mãe me encontrou e viu o que ele tinha feito”, disse a menina.
À polícia, Coelho disse que a vítima aceitou a tatuagem. “Na versão dele, estavam os dois usando entorpecentes e ele teria pedido a ela, e ela teria aceitado, que, pouco antes de uma relação sexual, ele tatuasse o rosto dela com o nome dele”, disse o delegado Jair Ortiz, do Deinter (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de São José dos Campos.
De acordo com a legislação vigente, privar uma pessoa de liberdade contra sua vontade, mediante sequestro ou cárcere privado, é crime e tem pena prevista de 1 a 3 anos de reclusão pelo artigo 148 do Código Penal. Em caso de danos físicos ou morais, a pena aumenta de 2 a 8 anos. O crime é considerado cárcere privado quando a vítima fica confinada a um espaço muito restrito, de locomoção limitada.