Bruno Luperi, autor do remake de Pantanal, comemorou a repercussão da novela e agradeceu por não ter estragado a chance que teve. A trama é o primeiro trabalho solo do neto do escritor da trama original, Benedito Ruy Barbosa. “Fui publicitário por muito tempo. Era um cantinho seguro, um refúgio onde me escondi do peso, da importância do meu avô. Aos 25 anos, comecei a ver que não tinha jeito, meu sangue falava mais alto”, começou ele em entrevista para o jornal O Globo.
“É uma transição difícil, com alguns medos. Para quem tem alguém com a relevância dele, é muito difícil sentar nessa cadeira. Quando Pantanal estreou e foi bem, falei: ‘Ainda bem que não estraguei a novela‘. Foi um alívio!”, comemorou. “É muito bom poder fazer Pantanal com meu avô vivo e lúcido. Ele fala que é a primeira novela a que ele assiste, de fato, como público, e está gostando. Mas essa falta de controle é uma sensação nova para ele. Pelas nossas conversas, acho que ele viveu muitas angústias”, declarou o autor sobre Benedito Ruy Barbosa que tem 91 anos.
Apesar do pra primeira trama de Bruno Luperi, não é o primeiro trabalho do contratado da Globo como autor. Ele estreou em novelas como um dos autores de Velho Chico, em 2016, ao lado da mãe, Edmara Barbosa. “Não tem como ficar pedindo benção para cada palavra. Ele confiou em mim, mas sempre foi um cara que escreveu sozinho. Isso foi muito delicado. Ele falava ‘a novela é tua’, e eu dizia ‘é sua’, numa discussão sobre trazer tal ator”, revelou.
“Sobre Juma, eu falei: ‘A Juma que você está querendo é mais velha, muito conhecida. A personagem é uma onça, vive no meio do Pantanal, duas esquinas depois do fim do mundo. Não pode ser um rosto muito grande. Ela é uma menina na flor da idade’. Eram convicções que ele tinha com algumas pessoas, eu com outras”, relatou ele sobre Cristiana Oliveira e Alanis Guillen.
