O programa Manhattan Connection poderia pedir música no Fantástico, se ainda estivesse na Globo, por três mudanças em menos de dois anos. Após a demissão da TV Cultura, o formato ficou durante três meses na internet sendo gravado pela MyNews, empresa em que Mara Luquet é sócia.
Em entrevista para Cristina Padiglione, da Folha de S.Paulo, Lucas Mendes disse que o programa seria uma temporada. “A temporada era mesmo de três meses. Tivemos um final cordial. Eu decidi dar uma pausa, mas o programa ia bem, sem grandes saltos em perdas e com prestígio sólido”, afirmou ele. Na internet, os vídeos chegavam a uma média de 50 mil visualizações.
O apresentador do formato relatou que poucos convidados se recusaram a participar da conversa, entre eles: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). “Pouquíssimos convidados se recusaram a participar. Lula e Bolsonaro foram dois deles”, confessou Mendes.
O Manhattan Connection estreou em 1993, no GNT. Em 2011, o programa deixou o canal feminino e passou a integrar a programação da GloboNews, onde ficou até 2020. Em janeiro de 2021 o programa estreou na TV Cultura e permaneceu no ar até 24 de setembro, quando a Fundação Padre Anchieta anunciou a saída da produção. “Em comum acordo, a TV Cultura e a Blend Negócios Divulgação e Editoração Ltda., empresa responsável pela produção e licenciamento dos direitos do Manhattan Connection, resolveram pela não continuidade do programa”, afirmou a emissora.
O vínculo original firmado entre a Cultura e a Blend previa a manutenção do Manhattan Connection na emissora por pelo menos cinco anos, pelo valor de R$ 8 milhões e 64 mil por todas as edições que seriam feitas neste período — com isso, o custo anual de produção e transmissão seria de R$ 1.612.800,00. Os valores estavam disponíveis de forma pública no site de editais da Fundação Padre Anchieta, e uma rápida conta revela que cada programa tinha o custo estimado de R$ 33.600,00, valor que engloba o salário dos seis apresentadores e da equipe de produção.