Carlos Alberto de Nóbrega não gosta de perder audiência de A Praça é Nossa para reality shows das emissoras concorrentes, como Big Brother Brasil e A Fazenda. O apresentador do SBT sugeriu que os telespectadores procurem por atrações com conteúdos melhores, uma vez que, segundo ele, programas de confinamento só mostram “sacanagem”. “Por isso estou parando de ver TV”, disse o comunicador durante o podcast O Pod É Nosso.
“Eu não quero perder para o BBB, para A Fazenda. Eu não acho justo eu queimar a minha cabeça, dar emprego para 40 e tantas pessoas, segurar aquela barra, aí quatro mulheres e cinco homens ficam fazendo uma sacanagem total e dá 40 pontos de audiência. Eu odeio [reality]”, disparou o contratado de Silvio Santos.
Sonia Abrão, convidada do podcast, afirmou que gosta do formato, mas garantiu que jamais aceitaria participar de um reality. “Eu gosto de reality. Era muito legal no começo, depois você vê que as pessoas aprendem a ler o jogo. O pessoal já entra com personagem pronto, já sabendo o que vai falar. Não tem mais uma coisa autêntica. Nunca participaria, eu odeio exposição. E tem a abstinência de informação, isso me dá uma angústia. Sem saber de nada, eu vou morrer”, disse a titular do A Tarde é Sua.
“Quando eu perco para uma coisa boa [tudo bem]. Por exemplo, eu estava assistindo a Praça e, no intervalo, eu dei uma virada, fui para a Cultura, o [Mario Sérgio] Cortella estava lá, eu parei de ver a Praça para ver aquele homem falando, ele estava dando uma aula de vida. A televisão precisa disso, eu acho que não é só de funk, disso e daquilo que vai dar audiência, eu já não digo nem levar cultura, mas coisas que tenham conteúdo”, analisou o apresentador.
Carlos Alberto de Nóbrega relembra início de carreira com Silvio Santos
Carlos Alberto de Nóbrega contou em uma conversa ao podcast O Pod É Nosso como foi o início da carreira com Silvio Santos. O pai do apresentador, Manoel de Nóbrega, foi um dos responsáveis a ajudar o dono do Baú a ter oportunidades na TV e criou o nome Peru Que Fala. “Meu pai mexia muito com ele”, contou Carlos Alberto.
“Eu tenho orgulho até hoje de dizer que eu sou filho do Manoel de Nóbrega, mas desde que eu comecei, eu queria o ser o Carlos Alberto e às vezes quando eu e o Silvio [Santos] trabalhávamos juntos, nós éramos rivais. Ele tinha a caravana do Peru Que Fala porque ele ficava vermelho e meu pai mexia muito com ele. Ele tinha a equipe dele e eu tinha a minha”, relembrou o comunicador.
O apresentador da Praça É Nossa prosseguiu e afirmou que Silvio Santos estava muito a frente dos concorrentes e criava coisas para inovas e chamar o público. “O Silvio Santos era nosso concorrente, mas ele estava cem anos na nossa frente. A gente fazia só a chamada pelo rádio e o Silvio saía com o carro e falava com um megafone. Ele já era um empresário mesmo no começo”, disse ele.
Carlos Alberto de Nóbrega contou que era muito difícil ser filho do empresário Manoel de Nóbrega pelas comparações que sofreu. “Não é fácil. Eu tinha muita comparação com o meu pai. Eu era gago por isso! Eu era gago! Desde pequeno que eu ouvia que meu pai tinha uma cultura muito grande. Ele falava inglês, francês, alemão e tinha uma cultura muito grande. Eu sempre fui burro! Eu repeti três anos e as pessoas queriam que eu fosse forte como ele e ele era remador, queriam que eu fosse forte igual a ele, queriam que eu tivesse a cultura dele e eu sou eu. Eu sempre quis lutar pelo meu nome”, afirmou.