Após anunciar sua saída da Globo em comum acordo depois de 25 anos de contrato, Walter Casagrande recebeu diversas mensagens de apoio de amigos e ex-colegas de trabalho nas redes sociais. Galvão Bueno, narrador com quem Casão trabalhava nas transmissões das partidas da Seleção Brasileira de futebol, foi um dos que deixou recado ao ex-jogador.
“Foi muito bom trabalhar 25 anos com você. Segue firme, amigo!”, disse o locutor nos comentários do vídeo de despedida de Casagrande em uma rede social de fotos. Galvão Bueno também vai deixar a emissora líder no fim do ano, em dezembro, depois da Copa do Mundo do Catar. O contrato do comentarista também iria até o último mês do ano, mas a rescisão foi antecipada em comum acordo com a empresa.
“Depois de 25 anos de Globo, seis Copas do Mundo, cinco finais, incluindo a de 2002, com os dois gols do Ronaldo, três Olimpíadas e diversas finais de campeonatos por aí, meu ciclo acabou. Estou saindo da Globo hoje, não faço mais parte do grupo de Esportes da TV. Vou seguir a minha estrada. Na realidade, acho que foi um alívio para os dois lados”, anunciou Walter Casagrande nas redes sociais na tarde de quarta-feira (6).
Em comunicado, a Globo confirmou a saída de Casão: “Em comum acordo, a parceria entre Globo e Casagrande chega ao fim, mas suas análises estarão para sempre marcadas no almanaque das transmissões de futebol da televisão brasileira”. Recentemente, o Globoplay lançou o documentário Casão – Num Jogo Sem Regras, que conta detalhes da vida turbulenta do ex-jogador.
Casão começou a carreira como comentarista em 1996, na ESPN, logo após se aposentar dos gramados. No ano seguinte, o ídolo do Corinthians foi contratado pela Globo. Na emissora carioca, o ex-jogador atuou em transmissões da Seleção Brasileira de futebol e nas partidas de times paulistas. Crítico do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-atleta detonou a atual situação política do Brasil durante participação no Encontro..
“Temos um governo covarde, perverso e muito cruel. As pessoas não estão tendo mais medo de ser cruel. As pessoas não estão tendo mais medo de ser homofóbicas, as pessoas se soltaram e isso machuca a gente. O povo brasileiro não é assim, é um povo alegre. O Brasil é alegre! Assusta esse momento porque não é a nossa cara. Isso assusta. A gente não pode ficar calado. Nós somos figurantes desse filme de terror”, disparou ele em seu desabafo na atração matinal.