Nova titular do telejornal Em Ponto na GloboNews, Cecília Flesch se revoltou ao noticiar o caso de um estupro durante o parto na manhã desta segunda-feira (11). A jornalista do canal de notícias da Globo ficou chocada e mudou o tom de voz ao falar sobre o assunto. “Tive que ler duas vezes”, disse a profissional, que assumiu o comando do noticioso matinal na semana passada.
“Um médico, que deveria cuidar, proteger, defender a vida, foi preso em flagrante por estuprar uma paciente na sala de cirurgia”, iniciou a funcionária da Globo, com uma expressão espantada. “O maior agravante disso: foi durante uma cesariana, gente! Com a vítima inconsciente”, se revoltou. “Eu confesso que, quando vi essa notícia, eu li [o roteiro] duas vezes para ver se eu estava lendo certo”, disse ela para a repórter Luana Alves, que estava em um link para dar mais detalhes sobre o caso.
“E é difícil também reportar a notícia, Cecília”, desabafou a colega da GloboNews, que expôs a identidade do estuprador. “O nome dele é Giovanni Quintella Bezerra, que foi preso em flagrante graças à desconfiança das enfermeiras do hospital”, disse a repórter. “A gente sabe que, salvo exceções, é um momento que a mulher pode estar acordada, para vivenciar o máximo possível o nascimento do filho, um momento sublime. Mas não foi o que aconteceu”, lamentou. “Importante a atitude das enfermeiras do hospital, que desconfiaram e não ficaram só com a desconfiança; tomaram medidas que terminaram com a prisão em flagrante do anestesista”, disse Luana. Nas redes sociais, mostrou novamente indignação com o caso. “Que esse homem responda seriamente por isso”, disse ela em uma postagem.
O crime aconteceu no Hospital da Mulher de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, no Rio de Janeiro. Enfermeiras e técnicas da unidade hospitalar gravaram o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra estuprando uma grávida durante uma cesariana na madrugada desta segunda-feira (11), na Baixada Fluminense. O vídeo serviu de prova para a prisão em flagrante de Giovanni. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.