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ESTÁ NO ELENCO DE PANTANAL

Marcos Palmeira desabafa sobre a arte no Brasil: “Criminalização da cultura”

Foto do ator Marcos Palmeira
Marcos Palmeira fala sobre o atual momento que a arte vive no Brasil (foto: Divulgação/TV Globo)

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Interprete de José Leôncio, em Pantanal, Marcos Palmeira desabafou sobre a falta de investimentos no setor cultural no país. Em entrevista para a Quem, o ator afirma que atualmente o país vive um momento triste em relação a arte, com a criminalização da cultura. “A gente está vivendo um momento muito difícil com a criminalização da cultura”, disse ele. “Os artistas estão sendo criminalizados. É um momento estranho do país”, disparou.

“Acho que é mais uma bandeira sendo fincada, no sentido de dizer: ‘Olha, a cultura existe. A gente não consegue viver sem cultura. Não existe povo sem cultura. Não existe cidadania sem cultura. Está muito díficil”, completou o ator, que esteve no Festival de Cinema de Gramado e falou sobre o retorno do evento de forma presencial. “É uma luta. Eu participei de todos os momentos do Festival de Gramado. Quando ele passou a ter cinema latino também. O evento teve para acabar diversas vezes e hoje vemos ele movimentando o turismo também muito forte”, constatou.

“Isso facilita muito. Tem muitas coisas por trás da história desse festival nesses 50 anos. Estamos animados com esse retorno dele presencial, após o período da pandemia”, declarou. O ator ainda comentou sobre a cobrança em cima da classe artística para que se posicione politicamente. “Tem uma cobrança maior. Acho importante mesmo, porque você tem que se manifestar. Todos nós somos políticos. Agora, qual política a gente quer fazer parte que é a questão. A minha política é a política do bem, das pontes. Não é a dos muros. É de você construir junto, aceitar o diferente, de se discutir os assuntos”, afirmou.

Modesto, Marcos Palmeira ainda falou sobre o sucesso da novela Pantanal na Globo. “Me lembro de um conselho da Tonia Carreiro que me disse: ‘Uma coisa é o sucesso e outra coisa é a carreira. Fica ligado’. E realmente foi um toque muito importante e eu passei a ter um direcionamento melhor do meu trabalho. As pessoas passaram a ter uma visão melhor minha como ator”, disse ele. “Vou fazer 60 anos, fazendo Pantanal, 32 anos depois da primeira versão. É muita coisa para absolver. Fico muito honrado. Agora, vejo que fiz a opção certa lá atrás, quando cheguei dos índios e decidi ser ator e comecei a levar a sério a carreira no início da década de 80. É bom saber que estou no caminho certo”, completa.

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