Após cinco anos desde a última renovação, o Domingo Legal, do SBT, estreia um novo cenário a partir deste domingo (11). De acordo com a emissora, a atração ganhará algo nunca visto antes e diferente de tudo que o programa já teve ao longo de seus 28 anos de existência.
As novidades estarão no pacote gráfico e nos traços futuristas, que irão acompanhar o famoso logotipo em suas tradicionais cores e formatos. Celso Portiolli já gravou merchans nesta sexta-feira (9) e entrará ao vivo no novo espaço neste domingo (11).
O apresentador receberá ainda grandes nomes do cenário artístico e musical brasileiro para comemorar a estreia do novo cenário, contando com a presença de Maiara e Maraísa, Marília Mendonça, Camila Loures, Álvaro e Rico Melquiades.
Os convidados estarão no Passa ou Repassa, tendo as cantoras no time azul e os influenciadores no time amarelo. No Comprar é Bom, Levar é Melhor, a família Rodrigues vem de Anápolis (GO) para tentar a sorte correndo contra o tempo para garantir os prêmios do quadro.
SBT é condenado por brincadeira no Domingo Legal
O SBT foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a pagar R$ 50 mil de indenização à mãe de uma jovem assassinada em 2008 por Leandro Basílio Rodrigues, o Maníaco de Guarulhos. De acordo com informações do jornalista Rogério Gentile, do UOL, em setembro de 2014, seis anos após o crime, o programa Domingo Legal, apresentado por Celso Portiolli, exibiu um quadro chamado Os Paranormais, que tinha como objetivo testar o melhor paranormal do país.
Os candidatos bruxos, tarólogos, médiuns e videntes passavam por uma bateria de desafios, como acertar o nome de uma personalidade cuja foto estava em um envelope, encontrar determinada pessoa escondida ou revelar detalhes sobre a vida de alguém. Uma das provas envolvia o assassinato da jovem.
Segundo o colunista, na busca do prêmio de R$ 50 mil em barras de ouro, os participantes foram levados pelo programa ao cenário do crime. Com a foto da vítima do assassinato na mão, eles tinham de revelar detalhes do crime, descrevendo os últimos momentos da jovem. O programa foi vencido pelo bruxo Edu Scarfon.
Celso Portiolli, apresentador do quadro, usava frases como “se divirtam assistindo” e “vocês vão se divertir”, conta o colunista. No processo movido contra a emissora de Silvio Santos, a mãe da jovem afirmou que a rede transformou o brutal assassinato da filha em brincadeira e entretenimento com objetivo de obter audiência e lucro. “Houve violação da memória da falecida”, afirmou à Justiça o advogado Fabricio Raposo, que representa a família.
Segundo o advogado, o SBT não tinha autorização da família para exibir a foto da jovem, muito menos da forma “desrespeitosa e avacalhada” como o caso foi tratado no Domingo Legal. O SBT se defendeu alegando que, mesmo que a imagem da vítima tenha sido usada em um concurso de videntes, não deixou de ser um “material jornalístico de interesse público”.
“A bem da verdade, sua dignidade já restara estraçalhada quando soube da morte brutal da filha!”, disse o advogado Marcelo Migliori, que representa o SBT no processo. O desembargador Theodureto Camargo, relator do processo, não aceitou a argumentação e afirmou que o reality não teve cunho jornalístico e que a emissora necessitava de autorização para exibir a imagem e o nome da vítima. “O programa criou uma gincana para que os videntes desvendassem o crime”. O SBT ainda pode recorrer da decisão.
Veja fotos do novo cenário do Domingo Legal, que estreia amanhã no SBT: