Daniel Penna-Firme, repórter e apresentador substituto de telejornais do SBT no Rio de Janeiro, afirma ter sido agredido na Redação da emissora de Silvio Santos por defender abertamente as posições políticas de Jair Bolsonaro. Em entrevista ao podcast de Rica Perrone, o pré-candidato ao posto de Deputado Estadual pelo União Brasil diz que uma colega de trabalho cuspiu na sua cara após ele revelar o seu voto. O jornalista, porém, conta não ter denunciado a situação para o setor de Recursos Humanos e revelou não ter reagido por ter receio da Lei Maria da Penha.
“Dentro de uma Redação de Jornalismo você não espera que uma colega sua cuspa no seu rosto porque você disse que iria votar no Jair Bolsonaro (PL) e isso acabou acontecendo comigo. Eu tomei cusparada no rosto dentro de uma Redação de Jornalismo e depois eu soube que poderia ter denunciado no RH. Eu não fiz porque não sabia”, declarou Penna-Firme, que não deixou o quadro de funcionários da empresa. Ele está afastado do trabalho em virtude da legislação eleitoral e voltará a dar expediente normalmente no dia 4 de outubro, após o primeiro turno.
De acordo com o jornalista, tudo ocorreu dentro das dependências da sede da emissora de Silvio Santos no Rio de Janeiro. “Me chamou de fascista e cuspiu em uma sala anexa, mas dentro das dependências da empresa. Eu mantive a cabeça, se eu dou uma porrada nela é Lei Maria da Penha, é opressor e fascista. É a estratégia deles. Sabe o que eu fiz? Eu chorei. Você não espera isso”, afirmou ele, que trabalha no SBT há 11 anos.
“Dentro da política as coisas que eu tenho visto dentro do meu processo de candidatura tem sacanagem, tem traição, tem puxada de tapete, tem flutuação política, tem composição partidária, tudo isso que eu vejo não me assusta mais que eu ouvi dentro das redações de jornalismo. As redações de jornalismo são os ambientes mais podres do que a política”, concluiu.