Ivan Moré, que saiu da Globo em 2019 por não aceitar voltar a ser repórter, criticou diretores da emissora carioca em entrevista para o podcast Inteligência LTDA. O jornalista relatou que para ele, a empresa não dá espaço para os funcionários pensarem e declarou que era podado em relação as marcas.
“Os caras [gestores] ali dentro, ainda hoje, têm uma iniciativa desse tamanho [mínima]. Eles estão ali para conseguir bônus e garantir uma vidinha boa até serem demitidos porque com o tempo vai vir. Meus amigos que ainda estão lá dentro ganham uma puta grana – porque um ou outro tem relevância -, mas estão extremamente desmotivados, insatisfeitos. Porque [dentro da emissora] não existe espaço para você pensar, só [seguir a] cartilha”, afirmou.
O comunicador criticou o fato de que a Globo não permite que os apresentadores divulguem as próprias redes sociais nos programas jornalísticos. “Se eu falasse o nome de uma rede social no Globo Esporte, eu tomava gancho. A rede social de fotos era proibida. Você não podia falar o seu arroba [perfil] em hipótese nenhuma. Não podia mostrar celular da Apple. Me falaram: ‘você está proibido, está mostrando marca'”, reclamou Ivan Moré.
O jornalista também relatou uma fase muito próxima a Galvão Bueno. “Teve uma época da minha vida que eu fui o cara que o Galvão pegava para tomar umas com ele. Eu ficava até o final com ele e eu precisava trabalhar no outro dia. Eu me lembro de uma vez que sai do Lellis [restaurante] às 8h20 da manhã”, relembrou.
