Bruno Mazzeo foi convidado para a série Comediantes que Amamos e falou sobre os limites do humor para ele. Idealizada, roteirizada e dirigida por Hermes Frederico, a atração de 15 episódios traz atores e atrizes, que são conhecidos por seus trabalhos na comédia. Mazzeo relatou que algumas piadas, em muitas situações, acabem datadas.
“Eu acho que o humor tem que se comunicar com a sociedade daquele momento pra poder funcionar. Por isso talvez muita coisa fique datada: porque era muito boa naquele momento. As charges que satirizavam Getúlio nos anos 30 eram super atuais naquele momento. Isso serve, claro, para os costumes”, relatou.
Para o ator, muitas piadas não se devem fazer em um programa de televisão por não terem espaço para serem feitas na vida. “O humor evolui junto com a sociedade, a partir do momento em que a sociedade evolui em alguns comportamentos, em alguns entendimentos de erros históricos. Nada mais justo que o humor acompanhar essa sociedade. Tem piadas hoje que não se deve fazer num programa de humor porque não se deve fazer na vida”, declarou.
“Estou procurando me atualizar como homem, cidadão e humorista”, pontuou. Bruno Mazzeo também refletiu sobre possíveis piadas que poderiam ser canceladas atualmente. “Eu não vou me culpar por ter feito e nem me arrepender delas, porque eu acho que naquele momento, daquela sociedade, ela funcionava. Por isso eu acho ingrato julgar qualquer trabalho antigo com o olhar de hoje. Você pode corrigir a sociedade pra que esse olhar não continue se repetindo”, refletiu o comunicador.