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Pastor será processado por orar pela morte de Paulo Gustavo

O humorista Paulo Gustavo posa ao lado de seu marido, o dermatologista Thales Bretas (foto: Reprodução/Redes Sociais)
O humorista Paulo Gustavo posa ao lado de seu marido, o dermatologista Thales Bretas (foto: Reprodução/Redes Sociais)

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O pastor José Olímpio, da Assembleia de Deus de Alagoas, que declarou orar pela morte do ator Paulo Gustavo, será processado por dezenas de entidades LGBTQIA+ e outros grupos defensores de direitos humanos. O anúncio da ação contra o religioso foi feito neste sábado (17). O humorista está internado há um mês com complicações causadas pelo vírus em estado grave.

“Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”, publicou o pastor em suas redes sociais na semana passada. Com a repercussão negativa do comentário, José Olímpio apagou a publicação. Paulo Gustavo é casado há dois anos com o médico Thales Bretas, com quem tem dois filhos.

“É urgente que crimes como estes, motivados por homofobia, sejam enquadrados da tipificação da LGBTfobia, na lei de combate ao racismo de n. 7.716/2018, e que punições mais rigorosas e severas sejam tomadas contra condutas homofóbicas e atos discriminatórios como o em questão”, diz a nota assinada pelas principais entidades de defesa dos direitos de LGBTs do país.

De acordo com o site Congresso em Foco, do UOL, a Aliança LGBT+ afirma que a declaração do pastor não é caso isolado, atinge cotidianamente gays, lésbicas e trans. “Vivemos tempos sombrios. Esta afirmativa foi dita por nós inúmeras vezes nos últimos meses. O mundo enfrenta uma gravíssima pandemia que segue ceifando milhões de vidas pelo globo, o país em que vivemos segue sendo epicentro da pandemia do novo coronavírus”, diz o movimento em outra nota.

“A pandemia que ainda segue em curso transformou o caráter de alguns e revelou o verdadeiro caráter de outros, fazendo com que pudéssemos separar o joio do trigo e sem nenhuma sombra de dúvidas fossemos capazes de compreender melhor o outro”, diz o texto assinado pelo ativista Toni Reis, líder da Aliança LGBT+. Alianças evangélicas também apoiaram o texto de repúdio.

Em publicação no Instagram, pastor diz orar pela morte de Paulo Gustavo (foto: Reprodução/Instagram)
Em publicação no Instagram, pastor diz orar pela morte de Paulo Gustavo (foto: Reprodução/Instagram)

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