Programa que apresentava casos policiais sem solução, o Linha Direta voltará a ser produzido pela Globo. O projeto está sendo desenvolvido em sigilo pelo núcleo comandado por Mariano Boni, diretor de Variedades da emissora. De acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira (2), a atração está com a equipe sendo montada e ainda não há apresentador definido.
Segundo a colunista Patricia Kogut, do jornal O Globo, a nova versão do Linha Direta poderá ganhar um impulso com a internet. A ideia da Globo ao retomar o programa é provocar uma reflexão sobre a impunidade, algo que ainda causa dor em muitos brasileiros. No passado, a atração foi apresentada por Hélio Costa, Marcelo Rezende (1951-2017) e Domingos Meirelles. Não há previsão de estreia.
A primeira versão do Linha Direta estreou na Globo em março de 1990, mas durou apenas quatro meses. Com apresentação de Hélio Costa, era exibido às quintas-feiras, das 22h50 às 23h50. Após deixar a programação, uma segunda versão voltou à grade em 1999, com Marcelo Rezende. Domingos Meirelles, atualmente candidato à deputado estadual pelo PSB no Rio de Janeiro, assumiu o programa em 2002 até o fim do policialesco, em 2007.
Entre os casos abordados pelo Linha Direta, alguns tiveram repercussão em todo o país, como o das mortes de Paulo César Farias, tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello, e da sua namorada Suzana Marcolino; o do assassinato da estudante Ana Carolina da Costa Lino, durante um assalto no Rio de Janeiro; o do sequestro de Wellington de Camargo, irmão dos cantores Zezé Di Camargo e Luciano; e o da morte do estudante Márcio Gasparim da Silva, em uma briga de torcidas no estádio do Pacaembu, em São Paulo.