Na reta final da novela Pantanal, Jesuíta Barbosa falou sobre como foi trabalhar na trama de Bruno Luperi. O ator relatou que aprendeu muito com o elenco e acredita que entendeu um novo sentido de família com o que foi mostrado na história com os personagens. “Já saí uma pessoa diferente [da novela]”, disse.
“Fiquei muito próximo do Jove, em algum momento a gente se misturou, se transmutou, aconteceu uma simbiose. Aprendi um sentido novo de família, porque é uma família toda atípica, tem o Zé Leôncio [Marcos Palmeira], um cara que declaradamente viveu coisas, tem uma mulher que ele não assume. Tem erros que a gente pode entender que vão ser reparados com o tempo. Eu tenho questões com a minha família que eu acho que só daqui 10, 20 anos, eu vou conseguir resolver, então tudo bem”, disse ele em entrevista para a Quem.
O artista contou que a novela é diferente por trazer o público para pensar. “O interessante da novela é que a gente tem um enredo que contempla a possibilidade de pensamento. Geralmente, [as novelas] têm um vilão, um mocinho, o bem e o mal. Pantanal discute morte, violência, instinto. Anda tudo muito invertido hoje em dia, focam na violência como algo positivo, gratuito, e na novela a gente lembra que a violência é uma outra coisa”, afirmou.
Jesuíta Barbosa ressaltou a política ambiental retratada em Pantanal. “Tem tudo ficado muito obscuro. A Amazônia vendida, o Pantanal pegando fogo, e as pessoas dizendo que isso é normal”, pontuou ele. O artista ainda citou a personagem de Alanis Guillen. “Ela propõe essa percepção mais instintiva, mais natural das coisas, discute política de um jeito muito genuíno, é feminista, discute política ambiental sem fazer palanque”, concluiu.