Marília Ruiz, jornalista esportiva da Band, esteve no programa do Faustão e falou sobre as dificuldades de ser mulher. A apresentadora começou a carreira na Folha de S.Paulo e atualmente trabalha no Terceiro Tempo, com Milton Neves, e no programa G4, no BandSports. “Eu enfrentei muito preconceito e sigo enfrentando”, disse ela.
Ao ser questionada por Fausto Silva, a comunicadora revelou que não havia nenhuma mulher quando ela começou a carreira. “Eu comecei a carreira como repórter, setorista, você sabe muito bem como é. Quando eu comecei na Folha de S.Paulo, há 22 anos, não tinha nenhuma mulher no esporte. O meu chefe, na época, me disse que eu ia cobrir o Corinthians e eu até sou torcedora, mas ele me disse que se eu suportasse essa vida, eu seguiria a carreira”, declarou.
“É muito difícil. Tem que ter muito estômago. Eu sou uma felizarda e eu sei que quando as pessoas me assistem no Milton Neves ou no Band Sports, eles sabem que eu já passei da fase. É muito difícil, não é mimimi. Ainda hoje quando eu falo alguma coisa que alguém não concorda é por eu ser mulher”, relatou.
Marília Ruiz revelou que já precisou encaminhar algumas ameaças para a polícia e declarou que para trabalhar como jornalista esportivo não basta gostar do esporte. “Eu recebo diariamente pessoas me mandando ir lavar louça ou cuidar dos meus filhos. Ainda existe muito preconceito. Já tive problemas na polícia, são ameaças que sobem o tom do machismo e já aconteceu. Não é fácil, não é só gostar de futebol”, pontuou.