Manoel Soares, coapresentador do Encontro, se manifestou pela primeira vez sobre boatos de supostos desentendimentos que estariam acontecendo entre ele e Patricia Poeta nos bastidores da Globo. Em entrevista à revista Poder, o jornalista se esquivou a respeito dos rumores de animosidade com a colega de emissora. “O Brasil tem tantas urgências a serem tratadas que seria falta de responsabilidade jornalística se nós perdêssemos tempo dando atenção para pseudorrusgas que existam”, disse ele.
“Obviamente, tanto eu como a Patricia temos visões de mundo que se conectam, senão não estaríamos trabalhando no mesmo programa”, continuou o comunicador. Na conversa com a publicação, que chegará às bancas na próxima sexta-feira (23), o jornalista disse que apesar de ter voz ativa no debate racial, ele não quer se limitar a falar apenas sobre esse tema.
“A última coisa que eu quero é ter que conversar com as pessoas só sobre a questão racial. Gosto de falar de música, de beleza, de moda, mas não tenho como falar disso enquanto um policial que pisa no pescoço de uma mulher, em uma cena gravada, é absolvido”, afirmou ele, que no mês passado presenciou uma tentativa de feminicídio no momento em que almoçava com colegas de trabalho da Globo.
Recentemente, Manoel Soares revelou ter vivido em situação de rua devido às dificuldades que passou ao se mudar com o irmão, no fim da década 1990, para Porto Alegre. “Na zona norte tem um viaduto e eu comecei a dormir ali, deitava ali umas onze da noite, cinco da manhã os caminhões começavam a roncar”, disse o jornalista. Segundo o profissional, ele ficou sem ter onde morar por mais ou menos quatro meses. “Ali por volta de 1999, o emprego que a gente recebeu caiu, a gente ficou sem nada, meu irmão que foi junto comigo voltou. Virei morador de rua”, continuou.
Para se sustentar, Manoel Soares passou a trabalhar como segurança de travestis. “Na noite, você acaba descobrindo formas de se sustentar. Por exemplo: tinha uns travestis na rua da frente que eles não tinham ninguém que cuidavam deles”, explicou. “Eles me chamaram pra, se alguém fizesse alguma coisa com eles, era pra eu correr atrás dos caras”, concluiu o apresentador do Encontro em entrevista ao podcast PodPah.